Libera a vagina!

por Nina Lemos
Tpm #146

Essa palavra pode ser motivo para alguém ser investigado ou censurado!

O nome correto para as nossas vaginas é vagina. Mas essa palavra pode ser motivo para alguém ser investigado ou censurado! Imploramos pelo fim disso porque, afinal, a porra da vagina é nossa

Boceta, xoxota, xereca. E vagina? Não pode? Não. A palavra cientificamente correta para as nossas… hum, vaginas, é banida do nosso vocabulário e… tem mais, pode te colocar em confusão. Escrever vagina é um tabu e por isso mesmo vamos repetir: vagina, vagina, vagina! Doeu? Incomodou? Você sentiu que tinha algo estranho com essa palavra? Pareceu que você estava no médico? Tá chocada? Então a gente vai repetir: querida, você tem uma vagina. E isso não é ruim, muito pelo contrário. É ótimo e você sabe.

O medo da palavra vagina é um problema internacional. Sério. E a patrulha pode ser violenta. Mulheres já foram julgadas, a palavra, banida do Google e pessoas, INVESTIGADAS, sim, como se tivessem cometido um crime, simplesmente porque usaram a palavra vagina, que é, como todo mundo sabe, o nome da… vagina! Socorro! E, se você acha que é exagero nosso, acompanhe:

• A Apple censurou a palavra vagina na ocasião do lançamento do livro Vagina, uma nova biografia,
de Naomi Wolf, e o colocou para vender na Apple Store como… V*****.

• Um professor foi investigado em uma escola por usar a palavra vagina em uma aula de reprodução
nos EUA (e qual ele deveria usar?). 

• Uma senadora foi detonada no Texas por falar a palavra vagina em plenário. 

Inspiradas nesses absurdos, mulheres do mundo lançaram o manifesto Vagina is not a dirty word (Vagina não é uma palavra suja). Camisetas, panos de prato, quadrinhos com bordados e até capas de computador foram estampadas com a frase. Vamos aderir? Fica um apelo para as leitoras com dons manuais: que tal fazer uma capinha de celular escrita “vagina”? Ou uma bolsa? Bem, vão mexer com você na rua e você vai ser chamada de vagabunda. Tudo isso porque você tem… vagina. Ah, vá! Melhor seria criar de vez a campanha Libera a Vagina (em todos os sentidos). Afinal, a porra da vagina é nossa!

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