Na próxima quarta, dia 9 de agosto, estréia por aqui o filme World Trade Center (www.wtcmovie.com), de Oliver Stone. Mas diferente de outras fitas do diretor nova-iorquino, a exemplo de Nixon (1995) e JFK (1991), aqui não tem política nem blablablá. Conta a história real de dois policiais, John e Will, que, voluntariamente, entraram nas torres para salvar vidas e acabaram presos nos escombros. Stone, que fez questão de tê-los por perto durante as filmagens, nos leva pra dentro da montanha de entulhos e destroços do Ground Zero. Trata-se de uma visão do atentado terrorista que até então ninguém tinha explorado detalhadamente no cinema, apesar de alguns documentários já terem mostrado à exaustão o exato momento do acidente e, em seguida, do desabamento das torres. É, acima de tudo, uma história de sobrevivência e superação, que poderia ter sido contada sobre qualquer terremoto ou tsunami. O calor subterrâneo era tal, que um dos policiais chega a ter alucinações e acreditar que está vendo Jesus. Mas não tão clichê assim: Jesus com uma garrafa d´água na mão. Assisti ao filme numa exibição especial para a imprensa – e gostei. Lembrei bem daquele 11 de setembro de 2001, e das horas que fiquei no St. Vicent Hospital testemunhando famílias em busca de filhos, maridos e esposa. Na saída do cinema fiz questão de passar em frente ao batalhão de corpo de bombeiros do meu bairro, que perdeu muita gente naquele dia. E tirei esta foto.
Também entrevistei Oliver Stone, simpatia, que foi logo me perguntando o que houve com o Brasil na Copa. Como não sou, digamos, uma expert no assunto, preferi ficar quieta e oferecer um sorriso amarelo. Para quem acha tudo isso americano demais, basta lembrar que 87 nacionalidades morreram naqueles dois prédios. Quatro eram brasileiros. John e Will estão entre os 20 sobreviventes dos escombros – outras 2.749 pessoas não tiveram a mesma sorte. O filme está previsto para estrear no Brasil no dia 6 de outubro.