por Camila Alam
Tpm #138

A ceramista deixou SP para morar em Ibiúna, onde une trabalho e descanso

As cerâmicas de Gisele Gandolfi são conhecidas por seu charme e leveza. Os chefs Alberto Landgraf, Carla Pernambuco e Ana Luiza Trajano já escolheram peças da sua marca, a Muriqui Cerâmicas, para servir as delícias de seus restaurantes. Mas a produção dos requisitados apetrechos precisava de um espaço próprio tão charmoso quanto as coleções que Gisele lança a cada ano. Por isso, ela optou por deixar o ateliê no bairro de Perdizes, em São Paulo, e transferi-lo para Ibiúna, no interior do estado. “O tempo do barro é outro, diferente do tempo da cidade. E a cerâmica precisa de espaço”, diz Gisele.

O sítio que escolheu para abrigar a casa e o trabalho é da família há muitos anos. A construção foi feita sem projeto formal, apenas com a ajuda de amigos arquitetos e com uso de material de demolição, peças achadas à beira-estrada e material sustentável. “A minha cabeça já fala demais, meus pensamentos são muito altos. Para trabalhar, preciso de lugares assim, me sinto conectada com este lugar”, diz a ceramista. Entre idas e vindas de São Paulo, é em Ibiúna que Gisele tenta ficar a maior parte do tempo. “Depois de tanto perambular por aí em viagens, é neste lugar que eu me sinto em casa.”

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