por Bruna Bopp
Tpm #86

Conheça os livros que mudaram a infância de quatro mulheres

Esqueça o gato xadrez. Conheça os livros que mudaram a infância de quatro mulheres que, desde meninas, gostam de histórias que passam longe do bom e do mal, do feio e do bonito...

1.Nina Pandolfo, 31, grafiteira
“A capa trazia um menino de cabelinhos amarelos, em ci­ma de um planeta. Um desenho simples, mas que chamou mi­nha atenção. Eram sempre as ilustrações que me faziam ler, ou não, algum livro. Neste caso, a história de O Pequeno Príncipe, de An­toi­ne de Saint-Exupéry, acabou me encantando ainda mais. As­­sim como ele, ia para o meu jardim, brincava com as plantas e falava com os bichos.”

2. Adriana Calcanhoto, 42, cantora
“Aprendi a ler muito cedo, devorava os livros que me davam. Quando tinha 8 anos, ganhei A Mulher Que Matou os Peixes, de Clarice Lispector. Era meu primeiro contato com a au­tora. Aquilo era diferente de tudo que tinha lido, não era tati­bi­ta­te, não me senti subestimada. Fiquei louca, na verdade. Certa­men­te existe uma marca dele em mim, e na aventura Partimpim [CD de Adria­na voltado para o público infantil], no desejo de não tratar as crianças como incapazes.”

3. Mel Lisboa, 27, atriz
As Brumas de Avalon, de Marion Zimmer Bradley, marcou meu gosto pela leitura. Uma história contada por mulheres, que mis­turava a saga dos cavaleiros da Távola Redonda com reli­gio­sidade e história. No dia em que terminei, fui chorar para minha mãe: “E agora, o que vou ler?”. Depois do livro, aos 12 anos, não sa­­­bia mais em que me apegar, já que os relatos traziam uma re­vi­­ra­volta em tudo que eu pensava sobre religião. Me tornei ateia.”

4. Sophia Reis, 20, atriz e VJ da MTV
“Minha mãe leu Meu Pé de Laranja Lima, de José Mauro de Vas­concelos, ainda pequena. Ele estava lá em casa, até que um dia, quando eu tinha 10 anos de idade, ela me deu. Foi o primeiro e, até agora, único livro que me fez chorar. A história era linda e emocio­nan­te. Me marcou tanto, porque mexeu muito co­migo, me fez pa­­rar para pensar na vida, mesmo sendo muito me­nina.”

 

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