Não estamos falando do bicho nem do compositor. Trata-se, na verdade, da cor do momento
Não estamos falando do bicho nem do compositor. Trata-se, na verdade, da nova “cor do momento”, segundo os deuses da tendência. Aqui, tentamos decifrar o enigma do caramelo, ops, do camelo
“Desbancando o nude e o preto, a nova cor da estação é o camelo.” Essa frase foi encontrada em um site de moda. Nude, como vocês devem saber, é o novo bege. Uma cor que foi tão hypada na temporada passada que virou “não entrevista do mês” na Tpm. O tal nude não colou (eba!). Afinal, um mundo bege, ou nude, seria um pouco chato. E, agora, como se não bastasse, tucanaram o marrom, coitado, que acabou virando camelo (não o Marcelo).
OK, o camelo é, digamos, um tom de marrom. Ele vem dos “camels coach”, uma espécie de mantô feito de pele de camelo (o bicho). E, agora, os deuses que inventam as tendências decretaram que essa é “a cor”. E já correm pérolas do tipo: “O camelo é um nude negro”. Como?
“O camelo não existe, na verdade ele é Flicts”, diz a jornalista Jô Hallack, se referindo ao livro do Ziraldo sobre uma cor solitária, que não existia e que, na real, é bem parecida com o tal camelo.
A blogueira e apresentadora da MTV Jana Rosa é mais pragmática. “O camelo é simplesmente a volta da cor caramelo. Lembra das botinhas caramelo de bico fino horrorosas? Elas evoluíram e ficaram chiques porque chamam camelo agora!”
Então, se você achar uma peça antiga no armário e quiser impressionar, lembre-se que ela é camelo, e não caramelo!
Para o estilista Macelo Sommer, um fã do tom, o nome não importa. “Adoro camelo/caramelo, charuto e qualquer variante dessa cor.” Então, combinado, vamos comprar uma roupa charuto, e não camelo. E, se você comprou uma roupa nude, lembre-se: ela já era.
