No Dia Internacional contra a Homofobia, uma seleção de matérias da Tpm que tratam de amor: toda e qualquer forma de amor
Nesta sexta-feira, 17 de maio, é comemorado em todo o mundo o Dia Internacional da Luta contra a Homofobia. A dia foi escolhido porque nessa mesma data, no ano de 1990, a Assembleia Mundial da Saúde, o principal órgão controlador da Organização Mundial da Saúde (OMS), retirou a homossexualidade da Classificação Internacional de Doenças (CID). Sim, por mais inacreditável que pareça, gostar de uma pessoa do mesmo sexo era considerado doença até então.
Com a intenção de endossar a luta contra a homofobia e celebrar toda e qualquer forma de amor, selecionamos algumas matérias da Tpm que tratam o assunto, sempre questionando o preconceito e a intolerância.
Páginas Vermelhas com a juiza Maria Berenice Dias
A juíza mudou a cara do casamento no Brasil, os direitos das mulheres e foi pioneira em reconhecer a união gay. Em entrevista à Tpm, ela fala das dificuldades que as relações homoafetivas encontram no Brasil.
"Comecei a pesquisar e vi que não havia nada a respeito de união estável entre pessoas do mesmo sexo. Quanto mais pesquisava, mais ficava abismada de ver como ninguém nunca havia parado para dizer: 'Alô, ali existe uma família'"
O casamento de Mari e Fabi
Mariana e Fabiana se casaram em Brasília, em setembro passado, em um casamento civil realizado por uma juíza de paz. Os pais de Mari não compareceram, mas os de Fabi sim e entraram de mãos dadas, mesmo sendo separados há anos. Todos choraram, principalmente Mari.
"Chamamos de "luta", mas na verdade é um direito que me deve ser garantido desde que nasci... é AMOR"
Quero ser menino
A fotógrafa Adelaide Ivánova escolheu acompanhar por meses a rotina de dois meninos que vivem um processo de mudança de gênero. Na verdade, eles nasceram meninas, mas se consideram homens e estão no caminho para serem de fato eles, não elas.
"Eu nunca quis fotografar meninas que viram menino. Não entendia como alguém que nasce mulher pode querer ser outra coisa além de mulher. Aí o destino, me ensinando a abrir meus horizontes mesmo quando não quero, agiu"
A mestre em Literatura Brasileira Lúcia Facco, a escritora Laura Bacellar e a advogada e graduada em Rádio e TV Hanna Korich são mulheres com algo em comum: as três se interessam por mulheres. De tão bem resolvidas que são decidiram extravasar o bem estar em comum por conta da opção sexual e acabam de lançar Frente e Verso, um livro que reúne diferentes visões da lesbianidade.
"A cultura dominante - escolas, religiões, espaços públicos - ainda é mais homofóbica do que neutra. Mesmo as jovens precisam passar por processos muitas vezes traumáticos até se aceitarem de verdade e conseguirem manter relacionamentos sólidos e felizes."
A jornalista carioca Milly Lacombe escreve todo mês na revista e mostra o cotidiano comum de uma mulher que gosta de mulheres. Nos seus textos, memórias e presente construídos por paixão.
"Com ela, foi embora um jeito raro de ver a vida, e de rir das coisas, e de torcer para o Corinthians, e de amar, e de contar piadas, e de dançar, e de cantar. Com ela, foi embora um pouco de mim, e da pessoa que sempre serei"