Era uma noite gelada de sexta-feira. O prédio era aquele típico nova-iorquino: você não dá nada pra decoração, mas quando entra descobre que ele abriga preciosidades. Subimos até o 12º andar. Ali fica o The Monkey, um estúdio musical aconchegante, para poucos e apurados ouvintes, talvez uns 30. No palco, dois brasileiros e dois violões. São eles Douglas Lora e João Luiz, de 28 e 27 anos, que formam o Brasil Guitar Duo – e vieram de São Paulo para cá para receber um dos prêmios mais importantes da música clássica: o Concert Artist Guild. A competição, que aconteceu aqui, envolveu 400 músicos internacionais, que tocam de piano a violoncelo. E dá-lhe Brasil.
Juntos há dez anos, época em que se conheceram na faculdade, Douglas e João tocam de Ástor Piazzola escute aqui) a Jacob do Bandolim. Mas o que torna a dupla única são as composições próprias que carregam diferentes estilos de música brasileira. Apesar de ter o privilégio de vê-los tocar de pertinho – e ainda de ver americanos entendidos com cara de abobados e olhos arregalados – o ápice da estada da dupla foi uma apresentação no Weill Recital Hall, que faz parte do Carnegie Hall, templo da música clássica mundial.
Uma semana antes do show já não se encontrava mais ingressos. A dupla foi aplaudida de pé, deu bis e vendeu todos os CDs que trouxeram. “Não há lugar como Nova York. Aqui nos reconhecem muito mais do que no Brasil”, nota Douglas. “Em um ano de Nova York temos o mesmo público que construímos ao longo de dez anos em casa”, diz ele, complementando que a imprensa brasileira nem sequer dá espaço para seu trabalho. A dupla está lançando o terceiro CD no Brasil e já tem turnês agendadas na América Latina e outras nos Estados Unidos. No Brasil? Não mais. Pelo menos, por enquanto.
Juntos há dez anos, época em que se conheceram na faculdade, Douglas e João tocam de Ástor Piazzola escute aqui) a Jacob do Bandolim. Mas o que torna a dupla única são as composições próprias que carregam diferentes estilos de música brasileira. Apesar de ter o privilégio de vê-los tocar de pertinho – e ainda de ver americanos entendidos com cara de abobados e olhos arregalados – o ápice da estada da dupla foi uma apresentação no Weill Recital Hall, que faz parte do Carnegie Hall, templo da música clássica mundial.
Uma semana antes do show já não se encontrava mais ingressos. A dupla foi aplaudida de pé, deu bis e vendeu todos os CDs que trouxeram. “Não há lugar como Nova York. Aqui nos reconhecem muito mais do que no Brasil”, nota Douglas. “Em um ano de Nova York temos o mesmo público que construímos ao longo de dez anos em casa”, diz ele, complementando que a imprensa brasileira nem sequer dá espaço para seu trabalho. A dupla está lançando o terceiro CD no Brasil e já tem turnês agendadas na América Latina e outras nos Estados Unidos. No Brasil? Não mais. Pelo menos, por enquanto.