Tpm

por Bruna Bopp
Tpm #128

A cantora Karina Zeviani não brinca com a alimentação e lida bem com o passar do tempo

Depois de nove anos fora do país, entre Nova York e Londres, Karina Zeviani está de volta ao Brasil. Instalada no bairro do Joá, na zona oeste do Rio de Janeiro, a cantora paulista mudou seu estilo de vida e o nécessaire. Por causa do clima quente, a preocupação com a pele dobrou. E, agora, longe do movimento da cidade, está menos ansiosa “e mais bonita”. “Havia muito tempo que queria me isolar e ter um espaço para fazer uma horta”, revela. É na alimentação, aliás, que a cantora aposta para se cuidar. Não toma café e não dispensa um suco de beterraba e chicória – mas não se priva de nada quando tem vontade. Diferente da época em que trabalhava como modelo, dos 15 aos 19 anos. “Existia um controle grande do que podíamos comer. E, por ter essa restrição, acho que ficava com desejo de besteira. Hoje provo o que quiser, sem culpa”, explica. Aos 37 anos e lançando seu primeiro CD autoral, Amor inventado – Karina era vocalista da banda francesa Nouvelle Vague –, ela não encana com o passar do tempo. “A preocupação é envelhecer bem. E, cantando, a chance disso é maior”, ri.

Qual a sua relação com a nudez? É tranquila, nudez nunca foi um tabu pra mim. Mas, aos 25 anos, fiz um ensaio como Trip Girl para a revista Trip, fotografado pelo J. R. Duran, e desisti de publicar. As fotos eram lindas, mas percebi que uma coisa eram elas na parede de casa, outra, para todo mundo ver.

Seu conceito de beleza mudou da época em que era modelo para hoje? Sim. Como a gente vai mudando, os conceitos são outros. Quem trabalha com moda é mais intolerante a certas coisas. A modelo reage muito pior a uma miniespinha do que alguém que não lida com a estética. Hoje me sinto mais livre disso. Acho meu corpo maduro mais bonito do que antes, por exemplo.

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