por Ana Manfrinatto

Taí a palavra do dia

Certa tarde eu estava caminhando por Palermo e me deparei com este balanço feito com pneu velho em forma de cavalinho. Fofo, né?

E hoje cedo eu vim para o trabalho escutando “Força Bruta”, do Jorge Ben, um puta álbum que o Léo Nishihata gravou para mim em um pen drive.

Jorge Ben é algo que eu escuto sempre, quase todos os dias. Desde os tempos pré-MP3 em que eu curtia passear no subsolo da galeria do rock com o Léo para “descobrir novos sons”.

Tudo isso serpenteou a minha cabeça porque ontem eu li a Trip de dezembro de cabo a rabo antes de dormir. É que uma amiga voltou do Brasil com uma sacola cheia de revistas (Gracias, Aline!).

Além da baita entrevista com o Jorge Ben tem uma matéria sobre o Otto e o seu novo disco pós pé na bunda. Otto, além de ser sucesso em NY, saiba que “Certa manhã acordei de sonhos intranquilos” está na parada do sucesso nos bairros portenhos de San Telmo, Almagro e Villa Crespo, tá?

Nisso tinha o Bruno Torturra falando sobre ser ou não ser estrangeiro e eu me identifiquei. Ali eu descobri que ele é hippie e, lendo seu relato, voltei lááá para trás na época pré-MP3 em que a gente emprestava CD e gravava disco com faixas de áudio para os amigos. Aliás, Bruno, tenho até hoje um CD do Velvet Underground que você gravou para mim.

E na matério o Otto falava de MP3. E o Jorge Ben falava da Tábua de Esmeraldas, que é um álbum que remonta várias experiências fortes minhas…

Nessas idas e voltas da minha cabeça eu sonhei o balanço da Praça 18 de Fevereiro, em Itapevi, onde eu gostava de brincar quando era criança.

Tudo isso para dizer que “balanço” é a palavra do dia porque, assim como o suíngue do mestre Jorge, a vida é uma sucessão de movimentos cadenciados como os de um… balanço!

Porque eu sou da joven samba e a minha linha é de bamba!

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