Bafômetro portátil

por Nina Lemos
Tpm #95

Você é chata a ponto de ter um minibafômetro para medir o teor alcoólico dos seus amigos?

Em épocas de patrulhas variadas e correção política em excesso, só faltava lançarem um bafômetro portátil. Pois bem, ele já existe. E eu, que nem bebo, resolvi testar o aparelho. Ele é pequeno e prático, cabe no bolso. Tirei-o da manga no melhor lugar do mundo: uma festa de fim de ano de firma! Mais precisamente, a da Trip Editora. Primeira surpresa. Todo mundo quis testar o aparelho. “Olha, já tomei alguns drinks, testa agora”, diziam meus colegas. O engraçado é que dá para avaliar bem o teor alcoólico do que foi ingerido pelas pessoas, já que o aparelho vem com instruções claras. É só soprar no objeto, que ele marca um número. Até 0.5 significa “caution”, atenção. Daí para cima é “danger”, perigo.

Depois de tomar uma caipirinha de saquê, nossa editora de estilo marcava 0.5. Já nosso colega Bruno Torturra Nogueira, da Trip, acusou 0.9, o número máximo do bafômetro. O que ele tinha tomado? “Tô indo para o meu segundo caju amigo e tomei uma taça de vinho.” O mesmo valor foi o conseguido por Lino Bocchini, redator-chefe da Trip, que havia tomado algo como “umas quatro cervejas”.

As pessoas que bebem começaram a achar divertido. “Nina, testa quando eu já tiver bebido mais?” Bem, achei melhor não, já que eu não iria voltar para casa de carro com nenhum dos colegas e confio neles o suficiente para achar que teriam o bom senso de pegar um táxi. Conclusão: o bafômetro funciona. Mas não ande com um na bolsa. Senão você vai passar a noite testando gente, porque isso vira uma brincadeira engraçada. E ter um para uso pessoal? Sinceramente, não acho chique ficar baforando em um aparelho no meio de uma boate. Vá de táxi. Mais fino e mais sexy. Garanto.

 

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