A não-entrevista do mês é com Steve Jobs
Steve Jobs morreu. OK. Isso é triste. Qualquer pessoa morrer é triste. Ainda mais jovem. E Steve inventou um monte de coisas legais. Fato. Agora, minha gente, pera lá, viemos por meio desta não entrevista gritar: VOCÊS ESTÃO TODOS LOUCOS! Sim, porque não conseguimos achar normal as pessoas acenderem velas em forma de maçã na frente das lojas da Apple. Ou chorarem segurando iPads.
OK, também gostamos dos nossos iPhones e iPads. Mas eles são produtos que compramos. E custaram caro. Simples. E acabou. Achar que o dono de uma corporação milionária é uma espécie de Deus é sinal do fim dos tempos! Gente, menos!
No dia em que Steve morreu, muitas pessoas escreveram no Twitter: “Ele era um ser humano incrível”. Desculpem, mas vocês não conheciam o cara!!! Como a gente pode saber se ele era um ser humano legal se nunca conversou com ele?
Sim, ficamos tristes com sua morte. Mas não vamos publicar nesta edição nenhuma vela em forma de maçã (a primeira vela em forma de logotipo do mundo). Também não vamos entrevistar pessoas que choraram em frente às lojas. Toda comoção tem limite. E realmente não achamos que Steve Jobs seja Deus. Sim, as pessoas entraram em um grau de loucura que parecia que Jesus tinha morrido de novo. Ele era um grande empresário, um visionário, tudo isso. Mas era humano. Sentimos muito, mas até como homenagem ao homem Steve Jobs não vamos acender nenhuma vela em formato de maçã por aqui. Nem chorar.
