As monjas Bruce Lee

por Elka Andrello

As monjas acordam antes do sol nascer e vão à luta no melhor estilo Bruce Lee.

Esse vídeo eu fiz em HD para a ESPN Brasil

Todos os dias pela manhã, as monjas do Amitabha Drukpa Nunnery, acordam antes do sol nascer e vão à luta. Nessa caso à prática de kung fu no melhor estilo Bruce Lee.

Há 2 anos, Gyalwang Drukpa, líder da linhagem de budismo tibetano Drukpa, que existe há 800 anos, em viagem pelo Vietnã viu as monjas locais praticarem kung fu e se encantou com o que viu, apesar de ser totalmente fora do padrão. Drukpa, conhecido por declarar abertamente que os mestres espirituais do passado pouco fizeram pelos direitos das mulheres, achou que o kung fu seria uma boa prática para elevar a autoestima das monjas. E acertou! Ele convidou algumas monjas vietnamitas e trouxe a arte marcial para seu monastério em Kathmandu, no Nepal, pela primeira vez na história. As monjas praticam todos os dias e desde que começaram garantem que melhoraram sua performance nas meditações e se destacam em relação às monjas dos outros monstários, sempre tímidas e inseguras, ao demonstrar uma postura auto-confiante difícil de se ver entre as mulheres da região do himalaia. É fato que desde que os monástérios começaram a oferecer uma boa educação e programas como o kung fu, o número de jovens que querem se tornar monjas aumentou significativamente.

Uma curiosidade: na história das artes marciais acredita-se que algumas monjas integravam o famoso Templo Shaolim e aprendiam artes marciais, mas devido à sua condição feminina, não podiam ensinar. As monjas do Amitabha Drukpa Nunnery, em apenas 2 anos, já ensinam as novatas.

“Eu me senti inspirado ao ver as monjas vietnamitas exibirem uma tremenda auto-confiança e força, não apenas na luta, mas na sua atitude em relação às pessoas fora da clausura monástica”, Gyalwang Drukpa

“A meditação ficou mais fácil depois de aprender kung fu. Agora é mais fácil ficar horas sentada e me concentrar”, monja Konchok Lhamo

“É bom para a nossa segurança. Se alguém mexer com a gente, podemos bater neles, somos mais fortes”

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