Três artistas mulheres, com estilos totalmente diferentes, para você seguir no Instagram
A diversidade de traços, cores e formas marcam as obras de Daiana Ruiz, Marcella Riani e Helena Obersteiner, que colaboraram com a última edição (#180) da revista Tpm. Batemos um papo com cada uma delas para entender de onde vem a inspiração para criar e indicamos os perfis para acompanhar seus traços no Instagram.
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Daiana Ruiz
A argentina de 30 anos usa a arte para mostrar a beleza feminina em sua diversidade: “Gosto de representar mulheres fortes, livres, fora dos estereótipos”, explica. Formada em design multimídia, ela mora em Buenos Aires, sua cidade natal, e trabalha como ilustradora há três anos. Já colaborou com publicações como as revistas The New Yorker, Rolling Stone e o jornal New York Times.
Daiana encontra no feminismo sua inspiração para criar: “Quando comecei, percebi que havia uma falta de representação de mulheres reais, sem os padrões [de beleza] impostos pelo sistema neoliberal. Acho que estamos passando por uma nova etapa de libertação das mulheres.”
Vai lá: @dai.ruiz
Marcella Riani
Com desenhos abstratos, Marcella Riani reinventa aquilo que observa no cotidiano. “Procuro detalhes, fragmentos de coisas, vou fazendo uma coletânea de retalhos”, explica a paulistana de 33 anos. Depois de concluir o curso de arquitetura, em 2010, abandonou a área para trabalhar com ilustração. Hoje, habituada a pintar em telas e murais, ela enxerga um diálogo entre a área na qual se formou e as artes visuais: “Eu levo um desenho que fiz na prancheta, pequeno, para uma escala urbana. É como se fosse um projeto de arquitetura”.
Além de artista, Marcella pratica kitesurf e costuma passar temporadas no Ceará para “velejar a trabalho”, como ela costuma dizer. “Fico muitas horas dentro da água. Nesses momentos, eu consigo parar para contemplar a natureza, sem celular nem nada que possa me distrair. Consigo enxergar formas gráficas na natureza”, conta.
Vai lá: @marcella.riani
Helena Obersteiner
Com um traço que pode ser considerado infantil ou até mesmo feio, a paulistana de 26 anos defende a liberdade total na hora de desenhar: “O que tento promover com o meu trabalho é sair do automático, olhar para dentro de nós mesmos e ver que todos temos capacidades de expressão”, explica, acrescentando que desenhar “mal” não é necessariamente uma limitação. “Entendo o sujo, o torto, o irregular como potência de expressão.”
Formada em design de moda, com pós-graduação em Fashion Marketing e em práticas artísticas, ela também ministra o curso “Desenhos feios”. “São exercícios em que provoco os alunos a sair da zona de conforto e ir em direção a um traço autoral”, explica. Dá para saber data e local do próximo curso acompanhando seu perfil no Instagram. Helena também é tatuadora e criadora da marca de roupas ZHOI, focada em moda alternativa.
Vai lá: @kiddowar