Tudo bem. Você ama. Mas o que as outras pessoas on-line têm a ver com isso?
No passado, quando queriam declarar o seu amor no Dia dos Namorados, as pessoas colocavam faixas na rua. Hoje, em tempos de Orkut, Twitter e Facebook, preparem-se para corações e flores on-line. Tudo bem. Você ama. Mas o que as outras pessoas têm a ver com isso?
Houve um tempo em que, quando uma pessoa queria demonstrar o amor por outra de forma exagerada, colocava uma faixa na rua: “Volta para mim, fulana”. Até que todo mundo comentava que tinha uma faixa em frente à casa da fulana.
Agora, em tempos de Twitter, Orkut e Facebook, quem precisa de faixa? Se elas passam o dia contando o que vão fazer para o jantar, o que irá acontecer nos sites que perguntam o que você está fazendo (Twitter) ou o que você está pensando (Facebook)?
Resolvemos apurar essa matéria nos próprios sites.Bastou colocar no status (o tal espaço que pergunta o que você está pensando naquele momento) a pergunta: “O que vocês acham que vai acontecer aqui no Dia dos Namorados?”. Choveram respostas (jornalistas, essa é uma forma ótima de fazer reportagens, mas lembrem que foi inventada por MIM). Segundo o músico Daniel Belleza, “os mais abobados declarariam seu amor no site e, já que o desejo poderia se tornar realidade, deixariam de lado o Facebook no dia 12”. A colunista Karen Kupfer também é pessimista: “Vai ser um tal de coraçãozinho para cá, florzinha para lá, tudo muito cute cute, que vidinha!”.
De acordo com nosso consultor sentimental Xico Sá, a melhor maneira de declarar o amor é sem faixas ou emoticons. “Já declarei ‘eu te amo’ até em suruba lounge, mas hoje só digo depois de dormir mil e uma noites com a moça. E jamais na cama. Lugar de dizer eu te amo é na mesa do café da manhã e não com palavras. Basta pisar no pé dela, falando uma espécie de braile ou código Morse da felicidade clandestina.”
