Escritora e roteirista vencedora do Emmy revela cinco livros que marcaram sua vida
A escritora carioca Claudia Lage fechou 2013 comemorando um prêmio e tanto. Sua primeira novela, a elogiada Lado a lado , escrita em conjunto com João Ximenes Braga, trouxe ao Brasil o prêmio Emmy de melhor telenovela internacional, vencendo a concorrente Avenida Brasil . Sua próxima sinopse, ainda sem previsão de estreia, está em andamento e enfocará questões feministas. A pedido deTpm , a escritora elegeu os cinco livros que marcaram a sua vida.
5. O cavaleiro inexistente, Italo Calvino “É um livro belíssimo sobre uma missão na vida. Narra a história de um cavaleiro na Idade Média que só existe como armadura, ele é vazio por dentro. Aquela coisa meio “fabulesca do Italo”. Quando ele é despedido e tem que tirar a armadura, passa a não existir e a procurar sua identidade.”
1. A bolsa amarela, Lygia Bojunga Nunes “Me marcou muito, porque fala de uma menina que pede pra mãe fazer uma bolsa amarela em que ela possa guardar todos os desejos. Ela guarda três: o de querer ser menino, o de querer crescer logo e o de ser escritora. Li quando era pequena e me encantou. Talvez não fosse tão racional, mas eu já tinha uma ligação forte com a escrita.”
2. A paixão segundo GH, Clarice Lispector “Li quando tinha 18 anos e levei um susto. Não sabia que era possível escrever sobre uma mulher que mata uma barata. Foi um choque estético, de como um escritor pode fazer render um assunto. Com a habilidade da narrativa, é possível escrever sobre qualquer coisa.”
3. Dom Quixote, Miguel de Cervantes “É maravilhoso pra quem escreve e estuda literatura. Foi conhecido como o primeiro romance moderno, aquele que trouxe o eu e a subjetividade para a narrativa. Li como leitora, sem uma visão literária, depois li com essa visão de estudiosa. É realmente um marco, um clássico.”
4. O eu profundo e os outros eus, Fernando Pessoa “Aos 22 anos, fiquei completamente maluca pelo Fernando Pessoa. Este é um dos livros de que gosto mais. Fernando tem essa qualidade de tirar o tapete do leitor, de mostrar visões de mundo diferentes, de mudar a perspectiva das coisas. Todos os seus heterônimos são assim, cada um ao seu jeito. Álvaro de Campos, por exemplo, é mais rebelde; o Caeiro, mais sábio, mais zen.”
A escritora carioca Claudia Lage
Crédito: Divulgação
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