A modelo Michelli Provensi vai às ruas e confirma: teve Copa
A modelo Michelli Provensi vai às ruas e confirma: teve Copa, teve festa e muito beijo na boca. Só não aproveitou quem não quis
Foi-se o tempo em que futebol e seus deleites eram coisa de macho. Hoje, todo mundo mete o gogó nos palpites. E, claro, todo mundo calca o pé na farra. Quem gosta e quem não gosta, está adorando o que acontece – e, se não está adorando, está aproveitando. A ala feminina se espalhou lindamente pelas “Vilas Madalenas” do Brasil. Bem resumiu a repórter gaúcha, FêCris Vasconcellos, do jornal Zero Hora, na sua matéria “Aussiie eu te pego” (aussiie é um jeito de chamar os Australianos). No texto, ela conta que não importa de que nacionalidade seja quem derrubou a água, as gaúchas estão passando o rodo nos gringos. Tem pra todo mundo, para todos os gostos.
Quem quer ficar focado no que acontece em campo, como eu, está plugado na TV à beira do campo espalhando pelas redes sociais que esta é a melhor Copa – pelo menos dos meus últimos 29 anos. Nem um milésimo de segundo de culpa por ter passado metade de alguns dias vendo os jogos e a outra metade falando deles. Quem está mais interessado na festa, está nos bares, com um olho na TV e o outro no WhatsApp, esperando o apito final para misturar futebol com teretetê e caipirinha, não necessariamente nessa ordem. Que Copa, meus amigos! A caça por novidades em relacionamentos está causando tanto furor quanto a necessidade de tirar o Hulk de campo. Mulheres e homens fazem jus à primeira Copa lotada de memes na era do WhatsApp, discutem o futebol e sua beleza – jogo, jogada, cabeçada, passe mesmo – e comentam sobre a camisa colada da seleção da Itália, a beleza do time da Grécia e o charme do Pirlo.
Tudo, claro, entre uma cerveja e outra. É lindo ver o encontro das razões. O gostar de futebol e o “por que não paquerar e aproveitar o fluxo de gente nova na cidade?”. Esse momento é de fato único: até uma terça à tarde no bar da esquina ganha a alegria de uma sexta-feira de férias em Paris. Se por um lado o bolão frustou os mais ferrenhos apostadores, dadas as surpresas em campo, por outro a pegação atingiu níveis não esperados, está literalmente bombando. Não está faltando é gol fora de campo. Mas constatei que usar camisas da Bélgica, França ou Uruguai – times que simpatizo – mantém os gringos a distância. Eles estão claramente mais interessados nas brasileiras trajadas com a canarinho.
Enquanto alguns perdem a festa por medo de levar uma facada no baço na Fan Fest da Fifa, a maioria aproveita para transformar a Copa em micareta e dar (e levar) muito beijo internacional na boca. Na Fan Fest do Rio de Janeiro não tem como dar dois passos sem um “hi, where are you from?” ou uma brincadeira qualquer de acordo com a nacionalidade da camisa que você está vestindo.
Pois é, torcedores, é lindo, foi lindo, mas o sofrimento com o fim da Copa já se agiganta em nós. Já prevejo minha abstinência e uma leve depressão pós-Copa. No meu sonho, a Dilma troca a Olimpíada por mais um mês do campeonato da Fifa, e o clima de festa, de ruas cheias, numa confraternização sem fim, dura ao menos mais um pouco, um pouquinho que seja.
Vou ficando por aqui porque, afinal, enquanto escrevo este texto, ainda tem Copa (!). Vou encontrar uns amigos holandeses e, hoje, estou com a camisa canarinho, vai quê.