Lucinha Araújo
Do luto à vida
Por Redação
em 13 de julho de 2018
Uma mãe nunca se refaz da morte de um filho. Mas Lucinha Araújo, 81, usou sua dor para encontrar um novo motivo para sua existência. Foi após testemunhar o calvário do filho, Cazuza, em sua luta contra a aids, que ela se juntou ao marido, João Araújo, amigos e médicos para fundar em 1990 a Sociedade Viva Cazuza.
A instituição ampara crianças, jovens e adultos soropositivos e é mantida com os direitos autorais da obra musical do cantor e compositor, além de apoios, parcerias e doações. “A Viva Cazuza nasceu de uma dor e de um trauma para que eu tivesse uma tábua de salvação para a minha vida. Dependo muito mais das crianças que frequentam o espaço do que elas de mim”, diz Lucinha.
Além da casa de apoio que abriga as crianças em regime de internato, no Rio de Janeiro, a organização promove também a difusão de informação sobre o vírus HIV, parcerias com instituições e hospitais, e mantém o Projeto Cazuza, de acervo do artista, que em 2018 completaria 60 anos.
“Estou trabalhando para que a Viva Cazuza continue suas atividades depois que eu não estiver mais aqui. Todos os direitos do Cazuza já são dela e vou deixar minha herança para que a instituição possa continuar suas atividades.” Lucinha não para.
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