Pé na estrada. Os Verdes Vales de Bivar
Verdes Vales do Fim do Mundo, de Antonio Bivar
L&PM ( lpm.com.br ), 214 págs., R$ 29,90
Em 1968, um jovem dramaturgo, Antonio Bivar, 62, ganhou com a peça Abre a Janela e Deixa Entrar o Ar Puro e o Sol da Manhã o prêmio Molière - e uma viagem para a Europa. À época, os militares começavam a apertar para valer suas tenazes.
Censuravam Plínio Marcos, Leilah Assumpção, Zé Vicente. Bivar sentiu a barra e se mandou para a Inglaterra. Em Londres, conviveu com Caetano, Gil, Rogério Sganzerla.
Mochila às costas, viajou pelo país, fez grandes amigos, curtiu todas as drogas e experiências afetivas. "Dormiu no sleeping-bag e sonhou", como diria Gil.
Dessa vivência surgiu, em 1984, este Verdes Vales.
Tocante, belo e lírico, o livro virou um cult disputadíssimo, já que não reeditado.
Esta segunda edição é uma alegria para quem quer relembrar ou conhecer a efervescência dos anos 70.
É um livro sobre a amizade como poucos já foram escritos.
Fernando Paiva, jornalista, dormiu muito em sleeping-bag