Me dá um ´M´ ´I´ ´C´ ´O´

por Kátia Lessa
Trip #170

Trip é convidada a conhecer a equipe de cheerleaders brasileiras e, em nome do jornalismo verdade, não esconde nenhum detalhe

TEXTO KÁTIA LESSA FOTOS DIVULGAÇÃO

Uma caixa de papelão preto com a foto de cinco deliciosas garotas vestindo tops atléticos, microshorts e botas pretas ocupou 25 cm das mesas de todos os membros da Redação. Não teve quem resistisse a uma paradinha para saber do que se tratava o tal release em forma de caixa de sapato. Não, não era uma versão erótica da banda Calypso, mas um convite para a festa de apresentação das Cheerleaders Brasil. Isso mesmo. Uma adaptação verde-e-amarela das líderes de torcida que você só conhece dos fi lmes americanos, mas que, por aqui, vão animar “otras cositas más”. “O que exatamente vocês vão fazer?”, pergunto a uma delas. “Não sabemos ao certo. Somos modelos e nossa agente quer investir no público infantil, em campanhas publicitárias e, se der, até em campeonatos de futebol”, manda confusa Carina Rocha.

O evento não poderia acontecer em outro lugar: o bairro da Vila Olímpia, meca do “poperô” paulistano. Perto da porta, Leila Lopes, a ex-professorinha de novela e novo hype do mundo pornô, dava pinta. Curioso notar que o release destacava o fato de que as meninas selecionadas depois de seis meses de testes não deveriam ter nenhum vínculo com polêmicas vulgares e ensaios sensuais. Afi nal, a empresária da trupe, Thammy Gretchen, filha da rainha do rebolado, não aprovaria esse tipo de comportamento.

Para combinar com o ar requintado da noite, as meninas são apresentadas pelo galã global Bruno Gagliasso, que se dizia orgulhoso da tarefa. Quem concordava com a cabeça era a ex-BBB Jaqueline Khury. Enquanto isso, as meninas eram levadas ao palco pelo coreógrafo, que carregava cada uma, em pose de estátua, como se fossem bonecas. A música começa, as meninas saltitam sem parar e sacodem seus pompons enquanto lançam gritinhos rimados de incentivo a atletas imaginários. Nesse momento, o iluminador de uma equipe de TV não agüenta e encena cabeçadas desesperadas no balcão do bar ao lado. “Tá difícil aí, amigo?”, compartilho a dor profisional. “Você é de revista? Tira uma foto e foge daqui.” Sigo o conselho e, na saída, sinto uma trombada no ombro direito. “Opa! Desculpa.” Kiko do KLB. Vai, timê!


Arroz célebre: da esq. para a dir., Bruno e Kiko, do KLB, a ex-BBB Jaqueline Khury e o ator Bruno Gagliasso
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