Praia abandonada em Ilhabela, São Paulo, ganhou vida nova quando a ex-jogadora de vôlei Ida passou a ensinar beach tennis por lá
Há dois anos, a ex-jogadora de vôlei Ana Margarida Álvares, a Ida, medalha de bronze nos Jogos Olímpicos de 1996, passava seus dias no Clube Pinheiros, em São Paulo, onde dava aula de vôlei de praia e jogava beach tennis. “Queria um esporte competitivo, mas que fosse ao ar livre e fácil de jogar”, Ida conta. “E o beach tennis é exatamente assim. Uma pessoa que nunca praticou esporte pode jogar.”
Cansada da capital paulista, porém, ela decidiu ir morar na Ilhabela, litoral norte do estado. Após um período de adaptação e com um novo emprego – Ida é a atual secretária adjunta de turismo da cidade –, ela começou a procurar por um esporte para praticar. “Não tinha beach tennis na ilha. Comprei uma rede, oito raquetes e achei a Praia de Itaquantuba, que tem uma boa largura para colocar as quadras e era vazia”, conta. “O que não sabia era o motivo de a praia não ter gente: tinha muito consumo de droga lá.”
Cada pessoa que parava para olhar Ida jogando com o irmão era convidada a aprender. Hoje, quase cem pessoas jogam beach tennis em Itaquantuba. De passagem pelo Brasil, Alessandro Calbucci, número dois no ranking mundial do esporte, foi conhecer o projeto. “Ela transformou uma área abandonada em uma praia limpa e frequentada por pessoas entusiastas. O futuro do beach tennis neste país será muito florido!”, diz o italiano.
