por Paulo Lima
Trip #194

O espírito da edição de novembro nos fez refletir e procurar gente que pensa e sente arte

“A arte existe para que a verdade não nos destrua.” Assim falou Zaratustra... ou teria sido César Polvilho? Freddie Mercury Prateado? Ursinho Gente Fina?

Bom, quem disse a frase que desde o século 19 faz muita gente boa parar e pensar foi o filósofo alemão Friedrich Nietzsche, mas quem a trouxe para a mesa foi um moleque de 23 anos que há mais de 15 estuda para ser palhaço. Eduardo Sterblitch, hoje um dos mais populares comediantes do Brasil, falou à Trip em duas entrevistas, uma que você lê aqui e outra em vídeo. E é exatamente para refletir sobre arte que fomos ver e ouvir muita gente além de Eduardo. Como disse certa vez Vik Muniz, um dos vencedores do Prêmio Trip Transformadores 2010, numa entrevista à Trip no começo da década, arte é conseguir olhar para uma coisa e encontrar outra.

Esse é o espírito da edição de novembro da revista. E olhamos para todos os lados. Em Paris, para o fundo da alma do cidadão instigado Tunga, um dos mais respeitados nomes das artes plásticas contemporâneas do Brasil. Na Califórnia, para os olhos azuis de Johnny Rice, alguém que se dedica há mais de cinco décadas a esculpir peças maravilhosas de arte funcional, lindas formas hidrodinâmicas que geram prazeres sensoriais e estéticos. Para o corpo perfeito e o jeito leve e original de viver e lidar com a vida da atriz Maria Ribeiro. Para os 84 anos de um artista que vive a sua arte há mais de 60, sem se preocupar com o mercado ou com o reconhecimento midiático. Para as fontes brasileiras que inspiram uma das poucas unanimidades quando se fala em arte e criatividade na moda brasileira.

BRASIL AMOROSO

Inspirados pelas geniais biografias de gente que domina a arte de viver, na noite memorável da quarta edição do Prêmio Trip Transformadores, em que ficou evidente um Brasil mais equilibrado, inteligente, amoroso e, o melhor, possível e cada vez mais próximo; pela deliciosa notícia de que a Trip figura mais uma vez entre as três revistas indicadas ao prêmio Esso de Jornalismo de 2010, na categoria Criação Gráfica; e, claro, por todas as formas e expressões de arte, que empurram nossas vidas para longe da miséria e para perto do sublime e que usam desde 1986 nossas páginas como suporte e via de expansão, oferecemos mais uma vez, com humildade, carinho e prazer enorme, o nosso olhar.

Paulo Anis Lima, editor

 

TRIP NO CELULAR

A Trip (versão impressa) vem com um extra nesta edição: conteúdo gratuito para ser acessado em aparelhos de celular. As matérias da revista com esse diferencial – o perfil de César Polvilho, o ensaio com a Trip Girl Maria Ribeiro e a cobertura do Prêmio Trip Transformadores – estão indicadas com as chamadas “beetaggs”, selo com um código que lembra uma colmeia. Procure nas páginas da revista. É necessário instalar no celular, gratuitamente, um aplicativo para a leitura da beetagg (www.phdmobi.com) e depois apontar a câmera para o selo. Quando o aparelho lê o código, redireciona o usuário para o conteúdo extra de texto, foto ou vídeo na internet aqui no site da Trip.

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