Aqui, agora… e depois?

Desde muito antes de estarmos todos aqui, a ideia de pensar o que nos prepara o futuro inspira músicas, poesias , filmes e toda sorte de manifestações da sensibilidade humana. Por mais que nos ensinem que só o que temos de fato é o momento presente, a simples suposição de que é possível detectar antes os movimentos do imponderável fascina até o mais inexpressivo e reacionário dos mortais. Da cartomante que cola cartazes mal escritos em postes ao físico quântico que escreve teoremas e fórmulas, juntando divindades e prótons numa mesma equação, não paramos de tentar adivinhar o porvir… Talvez seja algo entre uma tentativa de autodefesa e a esperança de que possamos pegar o manche da nave, ainda que só por alguns segundos.

E, para reforçar todo esse desejo atávico, para onde quer que se olhe, lá estão sinais mais que evidentes de que vivemos um momento de transição radical, uma mudança tão grande do mundo que nem uma joint venture entre a Granero e a Lusitana seria capaz de administrar. Numa definição clássica, um daqueles períodos em que não somos mais o que costumávamos ser, mas ainda não nos transformamos no que seremos depois. E é possível, aliás, que nunca saibamos exatamente o que virá depois, se estiverem certos os pensadores e filósofos que apostam que a ideia de um período estável para o planeta e de uma nova ordem fixada pertence ao passado e não cabe no futuro.

Como vai ficar tudo? Como será a solução para a crise ambiental, social , econômica e especialmente espiritual que vivemos? Haverá alguma?

Esta edição da Trip quer brincar com essa ideia que ronda nossas almas desde muito antes de nascermos.

Uma astróloga pop, uma convenção de cientistas que dedicam suas vidas a decifrar o futuro, um brasileiro que define o que uma das mais estratégicas corporações do mundo digital fará amanhã, uma blogueira sexy, nossos leitores e seguidores dispostos a mandar suas sugestões, os moleques que devem formar a seleção brasileira de futebol em 2020… fomos perguntar a todos eles. O que vai acontecer nos próximos dez anos?

Afinal, o que será de nós?