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por Diogo Rodriguez

Depois de perder a visão, Celso Marsílio abriu um sebo e escolhe quem compra seus LPs

Aos 29 anos, Celso Luís Marsílio passou a escutar a música de outro jeito. Um acidente tirou-lhe a visão de um olho e, logo depois, do outro. Completamente cego e com a perspectiva de uma aposentadoria por invalidez, decidiu aguçar os ouvidos para ouvir seus discos de vinil e tocá-los como um expert. Apaixonado por sebos, resolveu virar comerciante de discos e abrir a loja CelSom, no centro de São Paulo.

Claro que a ajuda de amigos é necessária para verificar detalhes visuais que escapam à mão, mas Celso se vira tão bem sozinho que se dá ao luxo de selecionar os clientes. Não vende para qualquer um. Quem for visitá-lo com segundas intenções e quiser levar um vinil raro tem de ir preparado: é essencial saber o contexto e o valor musical do disco. E, claro, estar com um bom volume de dinheiro na conta bancárias, já que as raridades na Celsom podem custar mais de mil reais.O álbum Quente Centauro de Gérson Cortês, por exemplo, nem tem valor afixado. Esse é o nome real do soulman brasileiro Gerson King Combo.

Oito anos de loja e o profundo conhecimento de Celso a respeito de música brasileira antiga colocaram sua loja na posição de meca de pesquisadores, DJs, e colecionadores. Marsílio abriu seu baú à TV Trip e mostrou algumas raridades de seu acervo, que oscila entre mil e mil e quinhentos LPs e compactos.

Vai lá: CelSom
R. 24 de maio, 188, 1º andar, loja 116/118
Centro - São Paulo
Telefone: 3337-5631

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