África, filosofia e amor são a essência da música do baiano, ex-integrante do histórico trio Os Tincoãs, e que dividiu com o Trip TV suas influências artísticas e suas profundas reflexões
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Natural de Cachoeira, Bahia, Mateus Aleluia é compositor, cantor, instrumentista e uma das vozes mais poderosas da música afrobrasileira. Em 1963, ao lado de Dadinho e Eraldo, formou o trio vocal Os Tincoãs, que trouxe para a música popular os ritmos dos terreiros e produziu clássicos como “Deixa a gira girar” e “Cordeiro de Nanã”. Depois do fim do grupo, Aleluia se mudou para Angola, onde viveu até 2002. Lançou seu mais recente disco, “Fogueira doce”, em 2017 e segue compondo e fazendo shows, o próximo rola no Sesc Pinheiros, em São Paulo, no dia 30 de março.
Em papo com o Trip TV, ele falou sobre suas influências musicais (teve até palinha de Dorival Caymmi), sobre filosofia e África. “Antes de tudo, houve a música. O verbo só veio com o homem. Antes do mundo ser criado, tudo isso era uma grande sinfonia: os mares, os rios, os ventos, as chamas. O vento soprando é música. Só depois apareceu o homem, viu essa beleza toda e teve necessidade de dizer pro outro como ele estava se sentindo. Aí é que veio o verbo.”
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