Caio Guimarães aos 23 anos foi parte determinante para um dos maiores avanços medicinais recentes – a criação de uma lanterna medicinal portátil
A transformação transpõe barreiras profissionais e geográficas. Mais do que isso, ela acontece de forma mais rápida e efetiva quando pessoas, interesses e habilidades se juntam em favor de uma causa comum. Caio Guimarães é a maior prova disso: aos 23 anos, estudante de engenharia, ele foi parte determinante para um dos maiores avanços medicinais recentes – a criação de uma espécie de lanterna medicinal portátil, capaz de erradicar infecções provocadas por bactérias resistentes a antibiónticos. Para tanto, ele teve de sair de Pernambuco, onde estudava na universidade estadual, diretamente para os Estados Unidos. E, detentor de outra característica transformadora, a humildade, ele faz questão de, em plena abertura do movimento Trip Transformadores deste ano, dividir os créditos com todos aqueles que participaram de tamanha invenção.
Isso porque Caio participou de um programa de estágio na Wellman Center, laboratório de Harvard e do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), onde, patrocinada pelo exército americano, sua equipe foi motivada a descobrir uma fórmula para acabar com a Acinetobacter baumannii – bactéria encontrada em ferimentos de guerra, resistente aos mais tradicionais antídotos. Uma iniciativa que, apesar desta finalidade inicial, pode ajudar milhões de pessoas ao redor do planeta.
Mesmo sem concordar muito com o termo “lanterna medicinal” esse é o jeito mais popular de definir a criação de Caio e seus parceiros: lâmpadas de led capazes de emanar uma frequência exata de luz, que apesar de visíveis não oferecem efeitos colaterais. Ele também foi co-responsável por elaborar uma agulha responsável por conduzir a luz da fonte até os tecidos humanos. De volta ao Brasil, ele passou a conta com a ajuda de professores do Instituto de Ciências Biológicas da UPE (Universidade de Pernambuco), para testes de efetividade.
O caminho para chegar a tal êxito foi repleto de persistência e vocação. Caio chegou aos Estados Unidos pelo Ciência Sem Fronteiras e mostrou que “sem fronteiras” mesmo era o seu sonho de criança de fazer algo grandioso e benéfico para a sociedade.