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por Alexandre Potascheff

Tribalista e poeta, o ex-Titã fala ao Trip FM da volta ao iê-iê-iê em seu novo álbum

Arnaldo Antunes tem um trabalho que é difícil de definir ou classificar, mas podemos dizer o principal material de suas obras são as palavras. Paulistano e filho do meio entre 6 irmãos, interessou-se pela linguagem ainda menino. Na década de 70 estudou no colégio Equipe, que tinha uma forte ligação com a arte, inclusive com a música.

Lá ele conheceu a maioria dos integrantes da banda que iria, mais tarde, projetar seu nome para todo o Brasil: os Titãs. Em 1982, enquanto cursava Letras, na USP, fazia performances musicais e editava revistas de poesia, formou a banda Titãs do Iê-Iê-Iê, um dos fenômenos do rock nacional da década de 80. Mesmo com o sucesso, ele nunca parou de produzir trabalhos autorais, principalmente com poesia. Depois de 10 anos, ele deixa os Titãs em 1992 para alçar vôo solo também na música e no ano seguinte lança seu primeiro disco, Nome.

Em 2002, lançou o disco Tribalistas, projeto de sucesso estrondoso feito em parceira com Carlinhos Brown e Marisa Monte. Avesso à qualquer tipo de catalogação de seu trabalho e sempre misturando referências, hoje ele está lançando seu 10º disco solo, intitulado Iê-Iê-Iê.

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