por Carla Lima
Tpm #131

A editora convidada Carla Lima monta lista do que não esquecer em viagens

A diretora de TV Carla Lima passa mais da metade do ano viajando. A pedido da Tpm, ela monta uma lista de tarefas, objetos e detalhes que não podem ser esquecidos – e ainda fala de quatro lugares imperdíveis

√ Minifarmácia. Principal item na minha mala. Tem desde band-aid até remédio para dor de ouvido.

√ Viseira e MUITO filtro solar. Tenho três tipos diferentes de protetor só para o rosto e que não saem na água.

√ Roupas de algodão. São leves e fáceis de lavar no chuveiro. Como fico muito tempo viajando, a mala tem que ser pequena por causa da quantidade de equipamentos e pranchas que levo.

√ Livros, filmes e laptop. Salvam a noite naquela meia hora antes de dormir e, claro, nas intermináveis horas de voo. Um filme que levo no HD e vejo sempre é Comer, rezar e amar [2010, dirigido por Ryan Murphy], ele me inspira.

√ Flexibilidade. Levo roupas compridas e pashminas para países de religião muçulmana, essenciais para não desrespeitar a cultura do local. Já me aconteceu de, saindo de um hotel no Marrocos, o guardador de carros cuspir na minha cara. Supostamente porque eu demorei a dar o dinheiro que ele julgava justo pelo pagamento do estacionamento do hotel (que era grátis!). Mas, na verdade, ficou claro, depois que demos uma volta em Marrakech, que a questão não era só financeira. Éramos quatro mulheres dirigindo, trabalhando e com cabelos descobertos (a essa altura não sabíamos que isso era desrespeitoso e cobríamos todo o resto do corpo). Mas estávamos ali, mostrando às marroquinas que existem mulheres independentes, que viajam sozinhas, se divertem e não são casadas.

√ Celular com função alarme no calendário. É um hábito: tento ligar, mandar um e-mail ou sinal de fumaça no aniversário de pessoas queridas. Uso o alarme pra não repetir a vez que esqueci o aniversário do meu pai, em 2009, e foi muito chato. Ele faz aniversário no dia 30 de dezembro, data propícia a esquecimentos, já que há mais de dez anos não passo o réveillon no Rio. Era minha primeira vez no Havaí, estava com a minha melhor amiga e o êxtase era geral: altas ondas, sol, mar cristalino, cervejinha, enfim, a viagem da minha vida. Só consegui lembrar no dia seguinte. Acabei dando a desculpa do fuso horário, para ele não ficar muito chateado, mas agora ele vai descobrir a verdade! Foi mal, pai! Havaí é Havaí, né?! Tenho certeza que você entende!

√ WhatsApp. Quando chego a algum lugar com saudade do namorado e não posso ligar, tiro fotos das paisagens e dos detalhes que me chamam a atenção. Depois mando por WhatsApp [aplicativo para smartphone], como se fosse um cartão-postal. Uma vez, em Pottuvil, no Sri Lanka, vi uma onda perfeita para longboard, que é a modalidade dele, e mandei.

√ Par extra de Havaianas. Elas sempre arrebentam! E são o calçado que eu mais uso.

√ Espaço na mala. Deixo sempre um espacinho sobrando para trazer lembranças sem precisar pagar excesso de bagagem.

√ Pedir para minha mãe cuidar do carro. Ela fica com a chave para dar uma volta com ele uma vez por semana. Segundo ela, isso é bom para a manutenção. Como não entendo nada a respeito, só concordo.

√ Farelo de aveia. A única comida que levo. Tenho que comer todo dia porque... Tenho prisão de ventre! Nas viagens, sou meio chata pra comer, mas acabo experimentando tudo. O mais gostoso é o cuscuz marroquino. Em Gana, provei o fufu. Não achei muito bom, mas é bem tradicional. É preparado pelas mulheres em uma panela de barro e leva inhame, mandioca ou milho, misturado com caldo de peixe, cebola e tomate. Come-se com a mão.

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