O surto começou sexta-feira quando a Nina Becker (querida convidada da próxima edição da Tpm, aguardem!) soltou a frase: "O Raul vai ao show do Jupiter Maçã". Pronto. Larguei o computador aberto, fugi de uma discussáo sobre a reportagem principal da edição (acho até que meus chefes ficaram meio putos) e saí correndo para o SESC Pompéia com o amigo M.Como assim, vocês náo sabem quem é o Jupiter Maçã. Se náo, corram imediatamente e baixem as músicas. Meu caso de amor com o compositor gaúcho começou em 97, quando ele lançou "A Sétima Efervecência", um disco sensacional. Lindo. De morrer.Há dez anos eu náo via um show do Jupiter. Sexta-feira, no Sesc, chego e ouço os primeiros acordes de "Queria Superhist"e fico feliz. Feliz de verdade. "Hey, querida, gosto muito de você, de olhar gravuras e de conversar com você". Não é incrível um homem cantar que gosta de "conversar" com uma mulher? Coisa mais linda! E as músicas do disco novo, "Uma Tarde na Fruteira? Bem, elas são sensacionais.E no palco, bem, o Jupiter com o cabelo pintado de loiro, calça justinha e uma banda formada pelos meninos mais bonitos e mais bem vestidos do mundo. Felicidade suprema causada pelo rock.Sábado alguém me diz: "Tem show do Jupiter no Inferno". Convenço um monte de amigos. E passo a madrugada de sábado para domingo dançando e cantando coisas como "náo vai mais sair na rua, síndrome de pânico". Noite linda com os amigos que, assim como eu, acham que aquilo é bom, é intenso, é de verdade. "Vale uma vida", diz o Marcos Preto.Sim. Um feriado na fruteira dedicado ao Jupiter Maçã.Como diz minha amiga Jo, eu adoro o meu estilo de vida.Quer ouvir o disco? Vá lá: http://www.myspace.com/jupiterapple