A Revista Yoga Journal traz na capa de sua última edição esta tetra que vós fala. Fiquei super feliz com o convite para falar de algo que faz muito bem para mim: a busca do equilíbrio entre corpo e a mente.
Muita gente não imagina, mas muitas habilidades exigidas no Yoga não envolvem necessariamente força muscular. Nas posições mais complexas, exige-se um esforço interno que emana muito mais da mente. No meu caso, volto a inteligência para dentro do meu corpo e me imagino fazendo determinados movimentos.
Nessa busca mental me enveredo para outros caminhos, inclusive um que a cada dia vem conhecendo mais: o caminho da intuição. É como se estreitasse a relação mente e corpo de tal forma a fazer com que os dois conversem em outros parâmetros até então improváveis, já que o parâmetro óbvio apagou e agora ressurge aos poucos.
Os movimentos autônomos estão ocultos, mas minha memória de movimento jamais foi perdida. É isso que me faz redescobrir as potencialidades do meu corpo. Com o yoga me permito essa busca a cada desafio para executar posições novas sem conseguir me mexer sozinha.
Estudo profundamente cada movimento antes de executar para saber o que terei de usar para colocá-lo em prática. Nestes casos, o esforço físico e mental é potencializado, mas a recompensa, em contrapartida, é amplificada.
Estou sempre à procura de formas novas para revisitar movimentos que um dia fiz sozinha. Para isso uso muitas coisas simples que todo mundo pode ter em casa, como tiras de tecido para ajudar a suspender os braços para fazer as posições. Em alguns casos, uso também a eletroestimulação.
A verdade é que não há um manual para chegar ao movimento ideal, mas muita disposição para transgredir a paralisia. No fim, a única postura impossível está dentro de nossa cabeça.