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por Clarice Machado

Chinesa Ko Siu Lan e grandes nomes da arte urbana nacional estão no centro de São Paulo

Há alguns anos São Paulo vem passando gradativamente por um processo de valorização e revitalização do seu Centro Histórico com a aberturas de bares e baladas e restaurantes. A nova tendência pode ser transformar o centro numa grande e aberta galeria de arte, e já começou.

Ontem, 23, foi aberta a exposição Street Biennale, uma bienal de rua que chega a São Paulo. Diversos artistas estão expondo seus trabalhos nos prédios e ruas em pleno cenário central da cidade, grafitando, fazendo pinturas e painéis transformadores, que levam o lugar a ganhar uma cara de galeria de arte aberta como nunca antes foi visto.

 

O curador Jéremy Planchon, que já organizou um evento similar na orla do Rio de Janeiro, colocou artistas brasileiros ao lado de internacionais expondo suas obras em 14 fachadas de edifícios. Nomes como Fabiano Gonper, Mohamed Bourouissa, Herbert Baglione, Paulo Climachauska, Vicente de Mello e Mambo participam do projeto, ao lado da convidada estrangeira super especial Ko Siu Lan.

Ela é chinesa recém chegada de Hong Kong, e carrega no seu currículo artístico histórias de censura e expulsão de suas obras da Ecole Nationale Superieure des Beaux Arts, em Paris. Por aqui, pintou uma fachada de um prédio na rua Aurora, que ficou bem bonita.

A Street Biennale permanece até o dia 22 de outubro no trajeto que se inicia na Rua Conselheiro Crispiniano e termina na Avenida Rio Branco, passando pela Avenida São João.

Para ver tudo e não perder nenhuma pintura, é melhor olhar mais para cima. É pena que quando a expo acabar, as fachadas precisem ser devolvidas exatamente como eram antes. Nada permanecerá, o que é um desperdício, mas também é a cara da arte de rua.

Vai lá: Street Biennale de São Paulo
Quando: Diariamente, de 23 de setembro a 22 de outubro, com horário livre
Onde: início na Rua Conselheiro Crispiniano e término na Avenida Rio Branco
Quanto: Passeio gratuito

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