Simpatia é quase amor

por Tania Menai

Outro dia fui almoçar com um amigo num restaurante vegetariano-asiático, o Zen Palate. O garçom era tão simpático, mas tão simpático, que concluímos que o rapaz era novato tanto na profissão quanto na cidade.

Era muito bom pra ser verdade. Essas peças são raríssimas e fazem de qualquer refeição um prazer, independente do que for servido; no caso, uma refeição ultra simples.

Já outros atendentes tentam aumentar a gorjeta (proporcional ao valor da conta) empurrando bebida, entrada, sobremesa, café, “erram” na conta final e ainda sugerem o valor da gorjeta. Outros agem como robôs; nem olham para a sua cara.

Isso estraga o jantar inteiro. A gente fica preocupado mais em se proteger desses tipos do que em comer.

E ainda há a terceira categoria: a dos figuras. Esse é o caso do barman do Les Enfants Terribles, um restaurante com ares parisienses, pra lá de animado, em plena Chinatown.

Você senta no bar, pede o seu peixe, o seu coquetel e fica observando a animação-sem-fim do Christophe, francês como todos os demais, mas que acompanha as baladas do DJ da casa.

O cara vai dançando, coloca as misturas do liquidificador, rebola, mistura com vodka, pula, coloca no seu copo e sorri. Esse sim merece a maior gorjeta do mundo. Afinal, como se diz na minha terra: simpatia é quase amor. Allez, allez!!

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