Sabe aqueles livros que a gente tem um pouco de vergonha de ler e depois sente um tico de culpa por ter gostado? É igual comédia romântica hollywoodiana, por mais que a gente ame um filme mais denso e cheio de nuances, quem resiste a assistir De repente é amor pela décima vez quando vê passando na TV?
As férias estão aí e esse é o melhor momento para ler coisas despretensiosas – e sem culpa, porque disso todo mundo já tá cheio. Por isso a Hillé, dona do blog Manual prático de bons modos em livrarias e autora do ótimo livro homônimo, fez uma lista de livros viciantes, desses que a gente não consegue desgrudar: “Puxei da memória algumas coisas que li, gostei e tenho vergonha de admitir (com exceção do Livre)”, diz ela. Quem nunca, né?
Veja na galeria.
(*) Layse Moraes é uma jornalista apaixonada por livros e mantém o blog Coração Nonsense
Livre – A Jornada de uma mulher em busca do recomeço, de Cheryl Strayed - Três anos depois de perder a mãe para o câncer, ter seu casamento destruído e a vida arruinada, a autora, em uma tentativa de sobrevivência, parte para uma trilha solitária pela Pacif Crest Trail. Com uma escrita corajosa e por vezes cômica, Cheryl descreve todos os detalhes da caminhada que a ajudou não só a se reencontrar, mas também a perdoar-se / Créditos: Divulgação
Divas abandonadas - Os amores e os sofrimentos das 7 maiores divas do século XX, de Tetê Ribeiro - Ingrid Bergman, Lady Di, Jackie O., Maria Callas, Tina Turner, Marilyn Monroe e Sylvia Plath são as sete personalidades retratadas pela jornalista Tetê Ribeiro em um livro delicioso. Vistas pelo grande público como sinônimos de mulheres bem-sucedidas, o retrato de cada uma mostra que, na vida íntima, a história de todas estava longe de ser um conto de fadas contemporâneo / Créditos: Divulgação
Melancia, de Marian Keyes - Claire tem 29 anos e foi abandonada pelo marido ainda na maternidade, logo após o nascimento da primeira filha dos dois. De forma bem-humorada e dialogando o tempo todo com o leitor, o livro conta o processo de superação da jovem, que passa pelas fases de negação e depressão até o encontro com um novo amor / Créditos: Divulgação
Pequena abelha, de Chris Cleave - A história tem como ponto de partida o encontro inesperado entre Sarah, editora de uma revista de moda londrina, e Pequena Abelha, uma nigeriana de 16 anos. As duas se conhecem em uma tarde fatídica, onde a decisão de uma afetará para sempre a vida da outra. Além dos mistérios e reviravoltas da própria trama, o livro nos faz refletir sobre inúmeros acontecimentos atuais, como a aceitação da diversidade cultural em alguns países e o tratamento dispensado aos imigrantes (principalmente africanos) na Europa / Créditos: Divulgação
Doidas e santas, de Martha Medeiros - Um dos livros mais conhecidos da autora reúne algumas das crônicas escritas por Martha Medeiros para os jornais O Globo e Zero Hora, entre os anos de 2005 e 2008. Através de músicas, filmes e eventos do cotidiano, a escritora nos apresenta sua opinião acerca de questões mundanas e traz reflexões sobre a forma como encaramos a vida, nossos relacionamentos, angústias e anseios