Já parou pra se perguntar onde foi que se perdeu daquele ser curioso, entusiasmado e vivo que um dia você foi?
Outro dia em uma canalização do grupo Kryon Brasil ouvi uma curta passagem sobre a importância de agir como uma criança. Aquilo me remeteu imediatamente aos anos passados de Vedanta. Ambos falaram sobre a importância de viver com essa curiosidade imatura que comemora todo novo por ser desconhecido. E, cá para nós, o que não é novo? Na Índia eles dizem que é impossível entrar em um rio duas vezes: as águas sempre correm, tudo está em movimento constante. Um lago nunca é o mesmo por dois segundos consecutivos. É permanentemente novo. Velhas e ultrapassadas são minhas noções de viver. A vida é sempre estreante!
A vida é como as mães
Eu teria que reconhecer este novo a cada instante e me entregar ao entusiasmo do desconhecido sem meus preconceitos de onde me levarão, sem este medo insano que, baseado em experiências passadas, me diz erroneamente onde me conduzirá qualquer que seja o caminho que somente intelectualmente sei que é sempre inaugural.
Esse meu receio de ser ferida, machucada, sofrida sairia então do meu peito e eu sorriria livre como um bebê nos braços de uma mãe em uma tarde divinal de um domingo qualquer. Eu seria menos adulta, mas não mais infantil. Então verdadeira, sincera e realmente entregue à vida que digo viver com entrega, na redoma protetora dos meus pensamentos que, tantas vezes, me distanciam do que sinto.
Eu viveria segura como protegida dos males da vida, confiante que, como um bebê, sou guardada pelo amor de minha mãe – que é justamente essa vida que zela por mim. Mas para isso eu devo crescer em consciência e não em anos, assim ser atemporalmente jovem e eternamente nenê. E finalmente, como disse Jesus, entraria no reino dos céus. Que assim seja.