Patrícia Dejesus

por Bruna Bopp
Tpm #131

A base, o xampu e o sorriso da nova VJ da MTV

O primeiro cachê como modelo tinha destino certo: um kit de maquiagem para pele negra da M.A.C. “Não aguentava mais ficar cinza depois de ser maquiada. Em vez de me sentir bonita, passava nervoso. Foi daí que surgiu a vontade de aprender a fazer sozinha”, conta Patrícia Dejesus. Ao longo dos dez anos como modelo, não era raro ela mesma se maquiar para os desfiles.

Quando cansou do mundo da moda, Patrícia estudou para virar atriz. Com cinco novelas no currículo – a última foi Avenida Brasil, em que fez uma vendedora de lingerie na loja do Diógenes –, ela agora encara uma nova mudança: assumir, aos 34 anos, a apresentação do Top 10, programa ao vivo da MTV. “Sou movida a paixões. Amo música, sou DJ de rap. Cresci ouvindo meu pai tocar nos anos 80”, lembra. Enquanto fala, chama a atenção seu sorriso. “Durante muito tempo escondi meu sorriso nas fotos. Não dava essa opção para o fotógrafo, porque senão sempre apareceria com a mesma cara. Meu negócio, na vida, é fugir do óbvio”, brinca.

Já sofreu preconceito por ser mulher no mundo do hip-hop? Tenho personalidade forte. Se nem o mundo da moda me moldou, não são os manos do rap que vão me mudar. Não tenho medo de bater de frente. Claro que já rolou preconceito, ouvi que estava tirando emprego das pessoas porque era bonitinha. Mas continuo provando que estou lá pela música.

Quando você se sente mais bonita? Descobri que a vaidade tem mais a ver com segurança do que com qualquer outra coisa. Não importa o salto alto, o cabelo de tal jeito. Você se sente melhor quando se sente segura. Quando toco, por exemplo, eu me encontro.

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