O fim do mundo no Brasil

por Nina Lemos
Tpm #140

A não entrevista do mês: apagão, calor ou preços loucos

Muitos cientistas dizem que o mundo vai acabar com a falta de energia elétrica. Como a energia no Brasil vem da água, isso significa que também vamos morrer de sede, todos, dentro de um grande caos. Pois bem, para um observador externo, o mundo está acabando no Brasil. Não só fomos derrubados por uma onda de calor como não chove. E se chove, as cidades ficam alagadas e aí parece que o mundo vai acabar no estilo Noé, o da arca.

Quando não estamos apavorados com as condições climáticas, vemos menores infratores presos a postes, cinegrafista morrendo em meio ao trabalho, black blocs quebrando tudo e, no intervalo, ligamos a TV e estão falando de economia, bolha imobiliária e dos preços loucos (coco a R$ 12 na praia). Como assim?

Sim, é assistir ao noticiário para ter certeza de que o mundo 
está acabando. E que esse fim do mundo começa pelo Brasil. Talvez por São Paulo, com pessoas vagando pelos trilhos do metrô depois de terem ficado presas dentro de um trem quebrado. Sério, tem cena mais apocalíptica do que gente andando nos trilhos do metrô?

Chega! Não aguentamos mais notícias ruins. Por isso, a Tpm não vai falar nesta edição de apagão, calor ou preços loucos. Boas notícias, por favor! E se este é o fim do mundo, então estamos não entrevistando o fim do mundo.

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