Porque são sempre as mulheres que tem que aprender tudo sobre relacionamentos?
Chegou até a nossa Redação um livro chamado Diferentes Formas de Amar – Tudo o que não Ensinaram às Mulheres sobre Relacionamento a Dois. Com esse nome, pensamos na hora
em queimá-lo. Depois vimos que o livro é bacana. Mas por que usar esse título, meu Deus?
Quando vimos o título: Diferentes Formas de Amar – Tudo o que não Ensinaram às Mulheres sobre Relacionamento a Dois, pensamos imediatamente em queimar esse livro. Por que a gente tem que aprender TUDO? E por que eles nunca têm que aprender nada? Por quanto tempo vamos sustentar a indústria de autoajuda?
Esses pensamentos passavam pela cabeça desta que vos escreve quando comecei a folhear o livro da psicóloga argentina Susana Balán. E uma coisa estranha aconteceu. Comecei a achar que o livro era legal. E espero que isso prove que mudo de ideia e, até na hora de queimar livros, sou uma jornalista séria (haha!).
Apesar de um livro com esse título ser uma coisa irritante, Susana foge dos clichês e fala sobre suas filhas de 30 e poucos e suas amigas. Moças que são bem-sucedidas, mas que estropiam nos relacionamentos porque esperam demais, não querem abrir mão da liberdade e por aí vai. O resultado é bastante interessante. Um trecho diz: “Algumas mulheres da geração da minha filha desejam tranquilidade e exaltação em suas relações. Recusam a apatia e o tédio mascarados pela calma tanto quanto temem os perigos imprevistos, inerentes à excitação afetiva”. Alguém aí se identificou? Por isso, não vamos queimar este livro inteiro, só o título dele! Sim, porque podemos mudar de ideia. Mas não precisamos aprender TUDO sobre relacionamentos.
Vai lá: Diferentes Formas de Amar – Tudo o que não Ensinaram às Mulheres sobre Relacionamento a Dois, de Susana Balán, ed. Best Seller, R$19,90