Na medida (do possível)

por Juliana Menz
Tpm #122

Cynthia Howlett é editora convidada e mostra que, para ela, dar conta é se adaptar

O mais difícil de não conseguir fazer tudo o que gostaria é olhar em volta e achar que alguém consegue. Acompanhar a rotina de Cynthia Howlett, 35 anos, nos faz ter a sensação de que ela seria uma dessas mulheres. Mas será que ela concorda? “Tenho que abrir mão de algumas coisas, antes viajava direto com o Du [Moscovis]. Sinto falta desse namoro, de passar o dia todo na praia”, diz, nostálgica, sobre seu relacionamento de oito anos com o ator. “Hoje em dia marco tudo quase ao mesmo tempo, fico tentando cumprir o que me propus, mas nem sempre consigo”, assume.

Ainda assim, Cynthia surpreende. Ela divide seu tempo entre o curso de nutrição, sua terceira faculdade – ela também é formada em direito e jornalismo, com pós em meio ambiente –, e os filhos, Antônio, que nasceu há pouco mais de três meses, e Manuela, 5 anos. Nem a recente gravidez a impede de exibir um corpo em forma nas areias do Rio. “Não acho que esteja tão bem assim, mas as coisas são mais fáceis para mim porque sempre me exercitei, e corpo tem memória”, explica.

O trabalho como apresentadora começou em 2000, no SporTV, onde ficou por cinco anos. No GNT está desde 2007. Lá, fez reportagens para o programa Alternativa saúde até pouco tempo e hoje comanda Perdas e ganhos – em que acompanha a mudança de hábitos de pessoas que buscam perder peso. Em licença-maternidade, Cynthia procura estar o maior tempo possível com os filhos. “Minha maior culpa em relação ao meu tempo está relacionada com eles. Sempre que estou malhando, ou me divertindo, penso que é um tempo que poderia estar com as crianças”, confessa. “O Du me ajuda muito nessa parte de estar inteira naquilo que estiver fazendo.”

Fazer as coisas com prazer é a receita de equilíbrio da apresentadora. “Não faço atividade física só para ficar em forma, faço porque é algo que gosto de verdade”, conta ela, que mesmo amamentando não abre mão de uma taça de vinho vez ou outra. “Quando passar esta fase também vou voltar a tomar uma cervejinha, que adoro. É só equilibrar que dá certo.”

Equilíbrio também envolve a escolha dos programas em família. “Além dos nossos, tem também as duas filhas [do primeiro casamento] do Du que estão sempre com a gente”, conta. No Bazar, Cynthia mostrou os lugares ideais (pág. 40) para agradar a todos, e na página 34 convidou a DJ Mary Zander para indicar os discos mais bacanas que ela tem ouvido. Na reportagem “Você deu conta de tudo hoje?” (pág. 50), ela sugeriu a amiga Carla Guglielmetti, empresária com dois filhos que sente na pele a culpa por não riscar todas as tarefas da agenda.

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