Marido pra quê?

Tpm

por Luíza Karam

Mora sozinha e o chuveiro pifou? Sem problema: com esses caras, ninguém precisa de marido

“Atualmente está difícil encontrar o marido ideal? Ou você é o marido ideal e não gosta de fazer reparos em casa?” Assim, no maior clima “seus problemas acabaram!”, que a empresa Praquemarido se apresenta. Fundada em 2003, a PQM, como se autodenomina, treina “maridos de aluguel” – normalmente, profissionais autônomos especializados em pequenos reparos – uniformizados e com crachá de identificação. “É diferente receber um funcionário da Praquemarido. Existe a tranquilidade de que não é um profissional qualquer, mas sim treinado para trabalhar com eficácia, rapidez e concentração”, garante Rita Ortega, diretora comercial da empresa.

Os “maridos”, que também recebem aulas de etiqueta, são divididos de acordo com suas funções. Existe, por exemplo, o “marido básico”, que atende aos serviços considerados mais simples, como instalação de varal, colocação de quadros na parede etc. Um marido desses custa R$ 80 a hora. Já o “maridaço”, uma espécie de suprassumo dos moços, tem habilidade e conhecimento técnico em carpintaria, marcenaria, elétrica, hidráulica, pintura e instalações diversas e não sai por menos de R$ 100 a hora.

Ao todo, são oito camaradas que atendem homens e mulheres da capital paulista. “Nossos clientes podem ser divididos em 50% homens e 50% mulheres. São pessoas que trabalham fora, com idade entre 25 e 45 anos e que não sabem – ou não querem – fazer serviços domésticos”, conta Rita. Em média, são contratados cerca de 130 funcionários da PQM por mês.

Em fevereiro a Praquemarido lançou a possibilidade de se criar franquias da empresa. E, segundo Rita, já existe muita procura: em São Paulo, duas unidades já bateram o martelo e outras 15 estão em negociação – destas, incluem-se possíveis unidades em Salvador (BA) e outros estados. Podemos, então, acreditar que em pouco tempo vários maridaços estarão espalhados pelo país. E como explicar tamanha demanda? Será que as instalações elétricas andam mais complexas? Ou simplesmente não se fazem mais homens como antigamente? Fica a dúvida.

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