Maria Clara Drummond, 27, é uma escritora e jornalista carioca que acertou em cheio em seu livro de estreia A Festa é Minha e Eu Choro Se Eu Quiser. Certeiro e contemporâneo, o livro cria um retrato do mundo imagético das redes sociais de que todos nós podemos fazer parte.
Para isso, Clara criou o personagem de Davi, que em um pouco mais de 80 páginas, nos conta toda a angústia das falsas conexões que a sociedade líquida pode impor.
A convite da Tpm, a autora nos mostra os livros que a formaram como escritora e que a ajudaram, de alguma forma, a chegar nessa crônica.
A escritora carioca Maria Clara Drummond / Créditos: Divulgação
"A Queda", Albert Camus - "O Camus é meu intelectual favorito, e eu amo esse livro porque ele representa o comeback do Camus depois de alguns anos de ostracismo que se deu após a publicação de O Homem Revoltado. acho que o Camus se mostra muito nesse livro." / Créditos: Divulgação
"O Caminho de Swann", Marcel Proust - "Esse livro tem trechos bonitos demais para ficar de fora de qualquer lista, é de uma beleza que emociona. Acho esse livro sublime. Espero ler o volume 2 do Em Busca do Tempo Perdido ainda esse ano. " / Créditos: Divulgação
"O Encontro Marcado", Fernando Sabino - "Foi por causa desse livro, lido por mim aos 13 anos, que tive certeza que queria ser escritora. Sonhava em um dia ter um grupo de amigos para "puxar angústia no banco da praça" e falar de literatura, um grupo de amigos que duraria a vida toda que nem durou a amizade do Fernando Sabino, Paulo Mendes Campos, Otto Lara Resende e Helio Pelegrino, que é a amizade retratada do livro. " / Créditos: Divulgação
"Primeiro Amor", Samuel Beckett - "É um dos livros mais lindos que eu já li na minha vida, mas o interessante é que ele é horrivelmente lindo, ou grotescamente lindo." / Créditos: Divulgação
"O Náufrago", Thamos Bernhard - "Eu acho interessante a sensação de angústia que ele traz, muito por conta da forma que o Bernhard escreve, sempre andar em círculos na narrativa." / Créditos: Divulgação