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Marca registrada

Marilyn Monroe nunca mostrou sua cicatriz, revelada em seu último ensaio fotográfico. “Ela faz de mim uma mulher imperfeita.” Abaixo, mulheres que carregam marcas contam sobre a relação com sinais que vão muito além da pele

Marca registrada

Por Redação

em 6 de setembro de 2007

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Por Regina Trama | Retrato Divulgação/Bert Stern

 

“Tenho a pinta na perna desde que nasci. Quando era criança me incomodava. Achava estranho porque nenhuma outra menina tinha. Como eu já fazia fotos e comerciais, sempre maquiavam a pinta, e acho que eu notava mais do que as outras pessoas. Minha mãe me levou ao dermatologista. Na época, o médico explicou que, a partir dos 13 anos, eu poderia fazer uma avaliação e quem sabe retirá-la. Por volta dos 12, logo que comecei a trabalhar como cantora e apresentadora, todos me identificavam como “a garota da pinta na perna”. Passou a ser um charme. Hoje não me imagino sem ela. Em um momento da carreira, uma empresa especializada em adesivos lançou a “pinta adesiva da Angélica”. As pessoas compravam a pinta na banca e colavam onde bem quisessem. As pintas tinham vários tamanhos e vendeu pra caramba! Hilário!” 
Angélica, apresentadora de TV.

“Tenho uma cicatriz na barriga por causa de uma cirurgia de apêndice e já me acostumei com ela. Nos trabalhos, caso o cliente não goste de uma foto com ela aparecendo, há a possibilidade de apagar no computador. Além dela, tenho outra cicatriz no braço e uma no joelho por causa de um acidente de bicicleta. Não é exatamente charmoso, mas não me incomoda”
Isabelli Fontana, modelo.

“A minha pinta é de nascimento. Alguns médicos já me aconselharam a tirá-la, mas gosto muito dela. Se um dia tirar, será por motivo de saúde e não estético. Acho que me dá sorte. É meu terceiro olho, pois fica bem centralizada na testa. Eu nunca me importei.Sempre gostei mesmo. Acho que as outras pessoas prestam mais atenção nela do que eu. É normal o ser humano se acostumar com suas características, e eu me acostumei com ela. Sempre que estou conversando com alguém pela primeira vez, é engraçado, percebo que falam comigo olhando para a pinta e não nos meus olhos. Ela se tornou minha marca registrada. Quando viajo para fazer eventos, sempre chegam crianças com uma pintinha desenhada na testa, muito fofo! Quando lancei uma boneca, a marca de brinquedos fez questão de salientar a pinta na testa. Uma vez fiz uma capa de revista e quando ela chegou eu olhava para a capa e dizia que não estava parecendo comigo. Mas os traços estavam iguais. Foi quando minha mãe, às gargalhadas, disse que tinham ‘limpado’ a pinta no Photoshop. Ficou muito estranho..”.
Sabrina Sato, apresentadora de TV.

“Sofri um acidente de carro aos 17 anos. Foram mais de 400 pontos, duas cicatrizes dos lados direito e esquerdo do rosto. Fiz tratamentos e aplicações. Passei por situações constrangedoras em testes quando não sabiam. Voltei para casa várias vezes porque diziam que o cliente não aceitaria aquilo. E o mito de que a mulher não pode ter uma cicatriz começou a cair. Por que para o homem é um charme e para a mulher uma afronta? A maquiagem faz parte do meu dia-a-dia. Uso corretivo e pó-de-arroz depois do protetor solar. O sol é inimigo da cicatriz. Sou escrava da maquiagem porque gosto. Não me imagino sem as cicatrizes, fazem parte de mim. Eu não teria essa força e acho que foi uma sábia lembrança da vida, que me direcionou para um< caminho mais profundo e humano"
Bárbara Paz, atriz.

Vai lá:
Marilyn Monroe:The Complete Last Sitting
Bert Stern (Schirmer Art Books)
R$ 558,11, www.livrariacultura.com.br

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