”O efeito de instabilidade causado pela trepidação das cordas força o corpo a ativar vários músculos, tonificando musculaturas muitas vezes não trabalhadas em outros exercícios típicos. Te faz querer nadar no ar...”
Meu corpo é um paradoxo. Sinto-me uma especialista em gerar movimentos e prazeres novos. E de uns tempos para cá, encontrei uma nova maneira de me exercitar e ter muito prazer fugindo do óbvio: faço tudo pendurada!
Sabe aquela sensação de liberdade de quando nos balançávamos quando crianças? Some essa vontade de estar livre e ao mesmo tempo querer ser dominada, ousando posições que lhe instigam a outras emoções também, inclusive aquelas provocadas pelo sexo. Esse é o Sling Training.
Amarrada por vários módulos em cada articulação do meu corpo, fico suspensa por cordas presas ao teto, que me balançam e me fazem ousar movimentos impossíveis de ser alcançados quando se tem os pés no chão. Me transporto no ar e para outros cenários, de um universo quase medieval de tortura e prazer.
Essa novidade, que chegou há pouco tempo aqui no Brasil, vem conquistando uma galera e foi desenvolvido por um fisioterapeuta alemão chamado Cornell Coezijn. A ideia dessa técnica de suspensão é muito interessante porque tira a ação do atrito e da gravidade, tornando possível moldar nossas articulações e buscar posições tão agradáveis quanto funcionais.
Suspensos, consiguimos evocar movimentos inimagináveis, alongar o corpo e aliviar tensões provocadas pelo estresse e cansaço.
Quando aplicados ao pilates, com cordas e bolas, o Sling Training melhora ainda mais a força, a tonificação e o alongamento. Tudo isso seguindo o conceito de se trabalhar fundamentalmente o corpo de dentro para fora.
O efeito de instabilidade causado pela trepidação das cordas força o corpo a ativar vários músculos, tonificando musculaturas muitas vezes não trabalhadas em outros exercícios típicos. Te faz querer nadar no ar...
Ficar em harmonia com o corpo, a mente e a alma faz parte da nossa vaidade interna, algo que todo mundo tem, mas que muitas vezes anda meio esquecida. E precisa ser despertada. Balançada.
Ficar pendurada para mim requer muito mais trabalho. Para quem olha de fora deve ser muito mais louco também. Mas muito além do corpo, que fica mais forte, bonito e elegante, é possível mexer com referenciais, com a capacidade de ousar convenções. Convido vocês a trabalhar o corpo vendo o mundo sob outro ângulo. Mais leve, divertido e prazeroso.
Tire o pé do chão.