3 jovens escritores brasileiros dividem suas passagens de sexo favoritas em livros
Três eleitos da primeira seleção de jovens escritores brasileiros feita pela revista literária Granta – fundada na Inglaterra –, dividem suas passagens de sexo favoritas e indicam os livros onde encontrá-las Vai lá: Granta – Os melhores jovens escritores brasileiros, selo Alfaguara, ed. Objetiva, R$ 34,90
“Não costumo reler livros, mas Lolita, de Vladimir Nabokov, foi, provavelmente, um dos que eu li mais vezes. Acho o narrador em primeira pessoa incrível. Por princípios morais, o leitor deveria antipatizar com Humbert Humbert, mas ele consegue ser sedutor e carismático. A grande moral da história é o mistério do que Lolita estava realmente pensando. Depois, tem o cenário, que me toca particularmente. O livro vira uma narrativa de estrada pelo interior dos Estados Unidos.” Carol Bensimon, 29 anos, autora de Sinuca embaixo d’água
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“Minha cena preferida de sexo é uma cena de sexo em que não aparece nada de sexo. Está num conto do Tchekhov, A dama do cachorrinho. É quando Gurov seduz Ana, a dama do título. Eles vão para a casa dela, entram no quarto e, em vez de narrar o que acontece na cama, Tchekhov nos leva para dentro da cabeça de Gurov, que passa a lembrar (e fazer uma lista) de uma série de outras mulheres que seduziu.” Emilio Fraia, 30 anos, autor de O verão de Chibo
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“O texto de Madame Edwarda, de Georges Bataille, é límpido, escrito numa linguagem aparentemente muito simples. Mas produz, paradoxalmente, uma história enigmática em torno da prostituta Edwarda. O erotismo ali não é apenas um modo de transgredir convenções, mas uma vivência sexual tão intensa e estranha que atordoa o sujeito.” Laura Erber, 32 anos, autora de Os corpos e os dias
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