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por Camila Eiroa

Exposição em São Paulo traz a efemeridade da vida traduzida em imagem e som

Está em cartaz, em São Paulo, a exposição Impermanência, com obras da artista visual e performer brasileira Sylvia Diez.

Após sua mãe sofrer um acidente, em 1989, Sylvia teve seu primeiro contato com a efemeridade da vida. Foi a partir dessa memória afetiva que refez as situações em seus retratos como maneira de desfazer ciclos de morte e de abandono, o que foi de extrema importância para a artista. "As minhas barreiras foram se desfazendo e me deram uma nova oportunidade de me relacionar com a minha família, a entender que o amor é uma troca. Aceitei que nascemos e morremos todos os dias", diz.

O lençol de 1989 é uma fotografia em P&B que registra a mãe no local do acidente. Outras quatro imagens, também em P&B, fazem parte de uma série intitulada Perdão, onde Sylvia está com um vestido usado pela mãe durante sua infância. Durante a trajetória da exposição, o espectador também terá contato com outras obras que percorrem várias etapas do processo criativo da fotógrafa, como Mi Renacimiento uma instalação idealizada durante a estadia da artista em Barcelona - o público pode caminhar sob as fotos protegidas por grades enquanto ouve um poema de Diez sobre se entregar à morte.

Presente na grande maioria de seus trabalhos, a nudez e a questão da mulher aparecem com o intuito de evocar tanto a fragilidade quanto a força feminina em um ato de entrega e de coragem de Sylvia. O autorretrato é a técnica usada como escrita de si mesma e libertação na expressão, inserindo o questionamento humano no instante único da ideia. Todas as criações correspondem às suas vivências e questionamentos e as fotos, vídeos e poemas impregnam a intensidade do momento de sua criação.

Vai lá: Impermanência
Quando? de 08 de junho a 03 de agosto das 10h às 18h
Onde? Espaço opHicina: Rua Teodoro Sampaio, 1109, São Paulo - 3813-8466 www.espaco-ophicina.com.br
Quanto? Entrada gratuita

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