Pensando nos anos 80, perguntamos para mães: que cassete você deixaria para seus filhos?
Nos anos 80 – era jurássica pré-MP3 – o melhor jeito de impressionar alguém com seu bom gosto musical era gravar para ele(a) uma mixtape, aquela fita cassete caseira com uma seleção altamente estudada da sua coleção de vinis. Lembrando disso, fizemos uma enquete com algumas amigas mothern: se a única herança que você pudesse deixar para seu filho fosse uma fita dessas, que música não poderia faltar e por quê?
“‘Debaixo dos Caracóis dos Seus Cabelos’. Ouvi tanto essa canção quando era novinha, na voz do Roberto e da Nara. Até a regravei no meu disco solo. Ela tem uma simplicidade tão genial e é perfeitamente pop, do jeito que gosto!” (Fernanda Takai, cantora e mãe da Nina)
“‘O Grande Amor’, com João Gilberto e Stan Getz, de 1963. Letra, música e versão que me arrepiam da cabeça aos pés. Se não estiver por aqui quando ele sofrer por amor, a música é um alento.” (Cristiana Guerra, publicitária, blogueira, fashionista e mãe do Francisco)
“‘Music’, da Madonna. Foi a música que mais escutei quando estava grávida do Guilherme e, talvez por isso, nós dois adoramos. E também porque sempre que ele a ouvisse se lembraria da mãe num momento alegre, dançando. ‘Hey mister DJ, put a record on, I wanna dance with my baby!’” (Fernanda Guedes, artista plástica, ilustradora e mãe do Guilherme)
“‘I’m Free’, do Soup Dragons. As meninas amam dançar, eu já dancei muito ao som dessa música. E porque ‘don’t be afraid of your freedom’ é o recado mais importante que poderia passar pras duas.” (Daniela P. B. Dias, tradutora e mãe da Lia e da Dora)
Eu, Juliana, por minha vez, gravaria pra minha filha “Rebel Girl”, do Bikini Kill, porque as garotas da novíssima geração podem até não saber o que é uma mixtape, mas não conhecer as Riot Grrrls seria imperdoável.
*Juliana Sampaio escreve com outras motherns o blog Motherns