Extravagâncias financeiras

por Nina Lemos
Tpm #136

No mês das crianças, lembramos de loucuras financeiras que fazíamos quando R$5 era muito

Quando você era criança, comer um chocolate era uma extravagância cara. Mastigar um chiclete também. No mês das crianças, lembramos de loucuras financeiras que fazíamos quando R$5 era muito dinheiro

Houve um tempo em que comprar um chocolate era uma loucura econômica maior do que surtar e comprar três calças iguais. E que comer leite condensado era o mesmo que ir a um restaurante caro. Quando éramos pequenos, ter uma nota de R$ 5 (na verdade, a moeda vigente era outra, cujo nome nem lembramos mais) era o mesmo que ter uma de R$ 50 hoje. 
Pensando nisso, relembramos algumas “extravagâncias financeiras” cometidas por pessoas da redação da Trip e da Tpm na infância. Deu saudade de quando mastigar um chiclete era tão bacana quanto fazer uma viagem internacional.

“Nunca ganhei mesada e cantina de escola não foi uma realidade da minha vida: TODOS os meus amigos comiam na cantina, mas eu levava os lanches de casa. Aos 14, entrei na escola de inglês e lá podia consumir na cantina e pagar no fim do mês. Me joguei! Comia todos os dias, até minha mãe ter que se entender com a dona da cantina. Durou só um mês, claro: levei a maior bronca.” (Caroline Mendes, estagiária da Tpm)

“Minha grande extravagância era comprar chocolate Sensação, aquele recheado de morango, na época megacaro. Ia com a minha prima na padaria comprar quando a gente “estava rica”. Outra extravagância: hambúrguer com Coca-Cola na escola, o que só acontecia quando meu pai estava. Ele era separado da minha mãe e me mimava. Nunca superei.” (Nina Lemos, editora do Badulaque)

“A grande extravagância era comer chicletes que os meus tios traziam dos Estados Unidos: Bubblicious, Double Mint e Juicy Fruit. Tudo com muuuito açúcar – sugar free era algo que não existia.” (Lia Hama, editora da Trip)

“Quando eu era criança, leite condensado era caríssimo para a gente. Era uma lata na compra do mês, junto com uma bandeja de Danone pra dividir entre os quarto irmãos. Com o leite condensado, eu tinha uma relação de apego. Minha mãe arrasava no pudim e eu raspava a lata. Um dos motivos de eu gostar de almoços de domingo (e de leite condensado) até hoje vem daí.” (Alex Bezerra, coordenador de produção da Tpm)

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