Depois de passar um tempo em São Paulo, voltar à querida e barulhenta Kathmandu é um choque
De volta ao Nepal
Depois de passar um tempo em São Paulo, e aproveitar tudo que a terra da garôa tem de bom, voltar à minha querida e barulhenta Kathmandu é um choque. Para completar está frio e o governo corta a energia elétrica 14 horas por dia. Juro! Aqui é a capital do país e só tem luz basicamente ... de madrugada!!!
Fui visitar o monastério aqui ao lado de casa para descompressurizar e como sempre fiquei babando nas tormas, as tradicionais esculturas de manteiga.
Tormas são esculturas ancestrais criadas por monges, tradicionalmente feitas de uma mistura de farinha e manteiga, usadas em rituais budistas da tradição tibetana. Essas coloridas esculturas de comida representam a mente iluminada e são esculpidas em três partes: base, corpo e decoração, que simbolizam respectivamente as qualidades do corpo, fala e mente de sabedoria do Buda.
A tradução da palavra torma (gtor-ma) é oferecer, deixar partir, sendo assim uma prática de desapego. O formato, as proporções, as cores e os ingredientes variam de acordo com o propósito da torma, que além do seu valor espiritual, podem atrair prosperidade, saúde, proteção e afastar os inimigos. As esculturas são pintadas na maioria das vezes nas cores branca e vermelha e são decoradas com flores, animais ou formas geométricas esculpidas em manteiga e pintadas em degradê.
As tormas são usadas em rituais budistas, mas elas podem trazer sorte para qualquer pessoa ou ambiente. Hoje em dia, lamas e monges criam tormas de madeira ou acrílico que podem ser compradas pela internet.
Então tá! Tchau São Paulo e chega mais Kathmandu ;D