Sarah Polley, do premiado ”Longe dela”, volta com um drama jovem e leve sobre desejo
Margot ama Lou, Lou ama Margot. Eles vivem felizes num simpático subúrbio de Toronto, mas a lua de mel definitivamente acabou. Isso não seria um problema, não fosse o vizinho que acaba de se mudar para o outro lado da rua. É sobre essa equação de três pontas que a diretora Sarah Polley constrói Entre o amor e a paixão, filme que estreia este mês na Mostra Internacional de Cinema, em São Paulo. Em novembro, o longa chega às salas de todo o país.
Margot (Michelle Williams) tem 28 anos e não sabe o que fazer da atração que sente por Daniel (Luke Kirby). Ela não quer trair seu marido (Seth Rogen), com quem é casada há cinco anos. “Queria fazer um filme sobre desejo, sobre o quão delicioso ele é e o quão difícil é para nós, humanos, virar as costas para essa sensação”, diz Sarah.
Aos 33 anos e cultuada por trabalhos como Minha vida sem mim (2003), em que atuou, e Longe dela (2006), sua estreia na direção, a canadense – casada pela segunda vez e mãe de um bebê – admite já ter vivido os dramas do filme. “A maioria das mulheres por volta dos 30 anos percebe que o ‘felizes para sempre’ não existe. Não é simples. Você pode estar numa relação que te deixa muito feliz, mas também triste ou com raiva – e nada nos prepara para isso.”
Sarah se refere ao momento da vida em que as coisas se complicam, e sabe mostrá-lo com uma ambiguidade tocante. A trilha sonora, com Feist e Leonard Cohen (Take this waltz, o título original do filme, é tomado de uma das músicas do cantor), deixa tudo mais leve.
Vai lá: 36ª Mostra Internacional de Cinema –São Paulo, SP, 36.mostra.org.
Quando: De 19/10 a 2/11