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por Letícia González

No documentário, a diretora Petra Costa mergulha na identidade e nas lembranças da irmã

A cineasta Petra Costa tinha 7 anos quando viu a irmã, Elena, pela última vez. Ela tinha 20 e havia se mudado para Nova York na tentativa de ser atriz de cinema. Nunca mais voltou. Vinte anos depois, Petra vai à cidade em busca da irmã, de quem só tem pistas: fotos, filmagens em VHS, diários. "Minha mãe disse que eu podia ir para qualquer lugar do mundo, menos para Nova York. A cidade carregava o tabu da perda dela, o medo de que eu fosse ter o mesmo destino", diz Petra à Tpm.

O destino, no entanto, foi fazer um documentário tão poético quanto um belo filme de ficção. Uma narrativa de perda, busca, identificação, só que toda de verdade. "É a história que eu mais saberia contar", explica Petra, que recebeu o prêmio de direção no Festival de Brasília e arrancou elogios rasgados de Fernando Meirelles e Walter Salles. Nova York é, apesar do medo, o lugar onde as duas irmãs se encontram e se separam. "Foi lá que eu vi o quão diferente o meu caminho era do dela. Me vi pela primeira vez enquanto mulher. E foi lá que pude elaborar e superar a perda dela."

Vai lá: Elena - sexta-feira, 10 de maio, nos cinemas

Aqui, o trailer do documentário:

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