Cinco motivos para ouvir Dolores Duran, parceira de Tom Jobim e musa dos anos 50
No final de novembro, a cantora Dolores Duran ganhou uma biografia de 500 páginas. O trabalho do jornalista Rodrigo Faour devolveu o holofote à vida da carioca que, em apenas 29 anos e 40 canções, se tornou uma das vozes mais importantes da música brasileira. Rainha dos bailes do Rio, Dolores não tinha talento apenas para o microfone. Ela também compunha e foi uma das únicas mulheres a unir esforços nesse campo com o maestro Tom Jobim – a parceria rendeu “Estrada do Sol”, regravada por Elis Regina e Nara Leão.
Boêmia, namoradeira e livre, Dolores morreu aos 29, vítima de um infarto. Mas deixou baladas ainda atuais. “Era uma mulher de vanguarda, com músicas tão modernas, simples e sinceras que poderiam ter sido escritas hoje”, afirma Faour. Para a Tpm, cinco fãs de carteirinha da cantora elegem a música de que mais gostam dela e contam por que Dolores foi tão especial.
Sarah Oliveira, 33 anos, apresentadora - “De cortar os pulsos é 'Castigo', minha canção preferida da Dolores. Ela falava de amor de maneira dilacerada e sem pudores.”
João Jardim, 48 anos, cineasta e diretor do especial para TV Dolores Duran - “É bem lugar comum, mas adoro 'A noite do meu bem'. Dolores foi uma alegria, só de a ver nos vídeos, sinto o prazer que tinha em cantar.”
Ná Ozzetti, 54 anos, cantora - “Gosto muito de 'Não me culpes'. A cantora teve o dom preciso do cantar, sua obra é atemporal e suas canções são populares e sofisticadas ao mesmo tempo.”
Nina Becker, 38 anos, cantora - “Minha música favorita é bem dramática: 'Solidão'. Amo Dolores porque era uma mulher versátil na música, independente e apaixonada.”
João Donato, 78 anos, cantor e ex-namorado de Dolores - “'Estrada do Sol' é a minha preferida. Dolores era uma pessoa cativante, meiga, sincera e admirável, por quem me apaixonei. Suas composições e seu cantar são apaixonantes.”
Vai lá: Dolores Duran - As Noites e Canções de Uma Mulher Fascinante, Ed. Record, R$ 49,90