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Contra os velórios ‘show’

Você também ficou chocada ao ver o velório do filho da Cissa Guimarães ser transformado em evento?

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Créditos: Sabrina Barrios


Por Nina Lemos TPM #102

em 10 de setembro de 2010

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Na capa da revista C., Cissa Guimarães chora abraçada ao filho chegando ao velório do caçula, Rafael, que morreu vítima de um atropelamento. Assim como a revista Q. aproveitou para fazer uma seção só com pessoas famosas.

No dia do velório, acompanhamos em choque a cobertura. Quase todos os sites de celebridades fizeram “galerias de famosos”. Só faltou o tapete vermelho! Parecia cobertura de Oscar. E não ficaríamos surpresas, tamanho o absurdo, se escrevessem quais roupas estavam usando.

Sim, isto aqui é um manifesto sério. Todo mundo quer vender revista (inclusive a gente). Todo mundo quer ter audiência em seus sites. Agora, invadir a privacidade de uma mãe que perdeu o filho e estampar a sua dor na capa é uma coisa que nos enche de tristeza. “Mas as pessoas se interessam por isso”, podem argumentar. Pode até ser. Foi difícil controlar o instinto e não acompanhar a cobertura de “celebridades” que a mídia fez.

A gente não é mais capaz de deixar uma mãe chorar em paz? Alguns portais foram tão cruéis que fotografaram os irmãos de Rafael “na porta do IML, aonde foram reconhecer o corpo”. É o fim dos tempos. Num momento difícil desses alguém ainda precisa fugir de paparazzi? E não queremos dar uma de “donas da verdade”. Mas alguém precisava se manifestar. E pedir respeito. Respeito, por favor.

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